E já que o espaço é isento de lápis lazuli, seguem algumas linhas entregues pela redactora a convalescer de amigdalite "inconssiente":
Gosto de livros remexidos
já de uma certa idade
corroídos pelos bichos
que os percorrem
numa apetitosa correria literária.
Gosto dos livros a cheirar a pessoa
folheados com vários fins e meios
vistos por vários princípios.
Livros que já se fizeram
amigos de muita gente.
Por alguns devorados,
por outros deixados por terminar.
Gosto da cor amarelada de um livro
deixado a descansar no tempo.
Vestígios de anos a passar no papel.
E o livro, em várias mãos, a dar-se como amigo.
2 comentários:
Parabéns à redactora convalescente. Também eu gosto muito destes amigos de papel, com alma/s presente/s.
:)
"Quando tens um livro, tens sempre um amigo por perto" (parece que foi um tal de Cícero com quem não cheguei a confraternizar, apesar da idade já não diferir muito):)
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