26 de fevereiro de 2009

Dias voadores

Pensar que o tempo não voa e os dias não se sucedem. Que amanhã é sempre bom dia para fazermos o mais simples, deixando o hoje para tarefas supostamente mais complicadas.
Pensar que daqui a nada já fazamos, isto se, entretanto, não nos esquecermos desse nada que se fosse mesmo nada, nem sequer pensavamos que daqui a nada o fariamos.

Mas o tempo corre e os dias voam. E os dias que voam não voltam. Mas se chegam a voltar vêm amargurados e tristes de revolta por terem sido desaproveitados.

Muita vida desperdiçada no esperar do tempo certo que nunca sabemos bem qual é e que, por isso, se torna totalmente irreconhecível.

Colados a um sofá! Imersos num vagabundear constante entre o que não fizemos e gostariamos de ter feito, entre o que duvidamos ser capazes de fazer e o que nos faz recear mais o sucesso do que o insucesso.

O dias que voam são tristes e algumas vezes sombrios em demasia.

A não ser...

A não ser que aprendamos a voar com eles...

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