Pensar que o tempo não voa e os dias não se sucedem. Que amanhã é sempre bom dia para fazermos o mais simples, deixando o hoje para tarefas supostamente mais complicadas.
Pensar que daqui a nada já fazamos, isto se, entretanto, não nos esquecermos desse nada que se fosse mesmo nada, nem sequer pensavamos que daqui a nada o fariamos.
Mas o tempo corre e os dias voam. E os dias que voam não voltam. Mas se chegam a voltar vêm amargurados e tristes de revolta por terem sido desaproveitados.
Muita vida desperdiçada no esperar do tempo certo que nunca sabemos bem qual é e que, por isso, se torna totalmente irreconhecível.
Colados a um sofá! Imersos num vagabundear constante entre o que não fizemos e gostariamos de ter feito, entre o que duvidamos ser capazes de fazer e o que nos faz recear mais o sucesso do que o insucesso.
O dias que voam são tristes e algumas vezes sombrios em demasia.
A não ser...
A não ser que aprendamos a voar com eles...
Sem comentários:
Enviar um comentário