falou o gin sobre a lembrança dos aguaviva e de não nos deixarem cantar robeson.
no nos dejan cantar, robeson,
mi canario con alas de águila,
mi hermano con dientes de perla.
no nos dejan gritar nuestras canciones.
tienen miedo, robeson,
tienen miedo del alba, miedo de ver,
miedo de oir, miedo de tocar.
tienen miedo de amar,
miedo de amar como ferhat, apasionadamente...
(seguramente, también vosotros, hermanos negros,
habéis de tener un ferhart.
¿cómo le llamas robesón?)
le tienen miedo al grano y a la tierra,
al agua que corre,
al recuerdo.
la mano de un amigo que no pide
ni descuento, ni comisión, ni plazo;
como un pájaro tibio
nunca les estreché la mano.
...le tienen miedo a la esperanza,
robeson, miedo a la esperanza.
tienen miedo, canario mío, con alas de águila,
tienen miedo de nuestros cantos, robeson...
lembrei-me, no fundo da memória, da grande canção que o enorme paul robeson fez do poema 'this litle girl at your door'
this little girl is at your door,
at every door, at every door.
and i am she you cannot see,
i am at your door, at every door.
i am at your door, at every door.
and for this child will never be
that love and laughter you have known.
at hiroshima do you see
my flesh was seared to bone,
my flesh was seared to bone.
my hair was blue aflame,
hot were my poor eyes, hot my hands.
now just a trace of ash remains
where I had played on smiling sands.
stranger, what can you do for me,
this little ash, this little girl?
this human child like paper burned
dry ash the cooling wind shall swirl,
dry ash the cooling wind shall swirl
this little maid unseared by strife.
oh stranger please do this for me.
your name for mankind's peace and life,
and peace and life for all like me,
and peace and life for all like me.
e depois a capa do eduardo guerra carneiro que me fez lembrar o livro perdido no buraco negro da arrecadação de lisboa que foi atacada pelas infiltrações aquosas e me destruiu boa parte da biblioteca.
é bom ter memória e é bom que no-la avivem.
2 comentários:
O risco de perda das memórias. Há quem pense que trazê-las ao de cima é uma actividade para "old men" a recorrer a lembranças selectivas, com projecção exclusiva no passado. A questão não poderá ser vista só sob esse prisma, desde que essas memórias sejam parte da ponte que conduz ao presente com vista ao futuro.
Há tempos ouvi alguém afirmar acerca da destruição de lembranças (neste caso do património arquitectónico): "corremos o risco de nos tornarmos num país amnésico povoado de betão". Espera-se, a bem de um colectivo, que haja sempre "alguém que resista":)
É excelente ter memória.
Perdê-la é cair no vazio.
Comprei o meu na Bulhosa no ano passado. Com sorte, talvez ainda lá arranjes :)
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