As farmácias por aqui andam cheias. Logo de manhã os velhinhos afluem com ar stressado e cheios de maleitas. Espirram e tossem, medem a tensão e reclamam das extensas receitas médicas.
Estou a ser atendida e, uma grandalhona loira, atira com uma mala de verniz vermelho para cima do balcão mesmo ao meu lado. A simpática farmacêutica que estava a munir-me de bens essenciais ergue os olhos enfáticos, mas nada. Foi preciso a intervenção de outro colega, que pôs a senhora na ordem educada mas firmemente. Estava à procura do telelé diz a senhora, nada incomodada. O Jacinto podia estar a ligar.
Como seria o tal de Jacinto, foi assunto que me pôs a pensar. E logo vejo chegar um enfezado homem com pinta de gabiru, que com ar de proprietário se aproximou da despachada loiraça. Era o Jacinto, só podia. Entretanto saía eu, que estou sempre a sair antes das histórias acabarem. Mas tenho a ideia de os conhecer de vista. Sempre muito conversadores. Acho que até costumam ir ao restaurante do senhor. Um dia sei o resto. De certezinha.
11 comentários:
Pela descrição, julgo que a loira era nem mais nem menos do que a famosa "maluquinha de arroios".
T,
então não sabia quem era o Jacinto, um dos colunáveis do bairro? E a loira não é uma que costuma usar casaco de leopardo?
:)
Ora bem, o Jacinto pareia um, que outro dia me perguntava se eu sabia o que tinha acontecido a uma taberna duma senhora ali na esquina. E não deslargava e eu não sabia. É o que faz ir ao vidrão reciclar vidros!
E o código do cartão? :)
Esse está aqui:)
http://diasquevoam.blogspot.com/2007/04/os-sinos-j-requentadamente-tinham.html
Sim. Pergunto-me se não será "the same couple"? :)
Vou começar a filmar!
Ahahhahaahh!
Tu vais mas é começar o livrinho! :)
O livrinho é para o senhor Bic! E para ti!
Que catano, vizinha: quando a história me está a agradar, é que Vexa se vai embora... já o outro dia foi o mesmo com a n. vizinha songamonga... É assim em tudo?!
8-)
Na próxima eu espero...mas olhe que nos nossos bairros é só ter atenção:) Eu acho que hoje à noite vou seguir outra história da rua.
E bons olhos o vejam, caro vizinho!
Já cá fazia falta.
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