25 de setembro de 2008

he's back !!!!

ao contrário da opinião generalizada que aqui existe, eu gosto dele.
está bem que eu gosto dele como gosto do topo gigio: é pequenino, tem um ar engraçado de ratinho de pelúcia com aquele sobrelábio do tamanho da testa, o sorriso fixo e o interior oco.
mas gosto!
não esperei dizer isto alguma vez na vida, mas a verdade é que já tinha saudades do marques mendes...

mas ele está de volta!!!
e escreveu (?) um livro !
e foi entrevistado hoje na rtp.

a entrevista de judite de sousa a marques mendes seguiu o modelo da célebre peça de john cage 4'33'': se alguma pergunta realmente interessante fosse colocada, o conteúdo da resposta seria equivalente à intensidade musical da obra-prima do compositor americano.
e foi resumida brilhantemente por judite de sousa quando disse que 'o senhor está aqui quase há meia hora a dizer que não está magoado'.
mas se ele esteve meia hora (a duração da entrevista) a falar sobre as mágoas que não tem, os silêncios sobre a actual direcção, as vícios dos politicos e o descrédito a questão votados, e as juras de não estar a pensar regressar... foi porque ninguém lhe fez nenhuma outra pergunta, com excepção de uma para saber o que achava da proposta de lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
foi uma entrevista em volta do umbigo.
arrepiantemente vazia.
um vácuo.
uma inutilidade.

sim. já tinha saudades de marques mendes.

e não faço a minima ideia do conteúdo do livro porque ninguém lho perguntou.
felizmente.




4 comentários:

T disse...

Estás muito mais feliz. O pequenino e tu é um caso de paixão:)

Anónimo disse...

Gostaria de ter escrito este texto.
FP/Coimbra

Anónimo disse...

"Mudar de Vida" é o título da obra do pequenito- será que se inspirou na letra do Variações porque "não vivia satisfeito" com tanta contrariedade criada nos últimos tempos?

Luís Filipe Gonçalves disse...

devo discordar com a comparação com o John Cage.
A musica 4'33'' faz sentido. :)

E normalmente quem fala em mudar de vida são as prostitutas (sem querer denegrir de modo algum as prostitutas e o seu trabalho com esta comparação).