25 de abril de 2008
A blusa de merino e a cicerone
Hoje inverti os percursos da Carris. Apeteceu-me. Na João XXI, uma senhora de muita idade e com bom ar, está de costas viradas para o sentido do trânsito em que chegará o autocarro. Estranho e sento-me ao lado dela. Não tarda" Sabe, a minha casa estava com 22º. E agora esta caloraça. Nem consigo enfrentar o sol de frente. Passaram já 4 autocarros mas não sei se era o 56. Pus esta blusa de merino, que quase não aquece, mas já estou afogueada"
Penso eu, corada como um tomate por causa do sol, com muito bom ar está ela.Mas continuando
" Agora reparo, mas a senhora vem à fresca (olhar reprovador).Avisa-me quando chegar o 56?".
O autocarro chega, encaminho a senhora da blusa de merino e sento-me.
Atrás ouço vozes felizes. Sotaque nortenho cerrado.
" Eu acho que o Homem Águia, a estátua é por aqui. A Gulbenkian, estão a ver?"
Eu não resisto, como boa poveira e indico onde é.
"Obrigada, a senhor é a nossa cicerone! Onde é aquele teatro que aparece muito na Televisão, com uns homens muito jeitosos? " Eu continuo a explicar. Não os poupo. Mesquita e tudo.
Saio e despeço-me. Acenamo-nos mutuamente.
Quando chego ao trabalho, tenho este e-mail do A: a garrafa foi o presente dele de anos. Mas agora estou a babar-me a olhar para as favas.É aguentar . Afinal só faltam 6 horas e tal...
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