18 de fevereiro de 2008

O meu amigo R tem 48 anos, como eu tenho.Mais novo acrescenta ele, porque nasceu em Setembro e eu em Maio.
Recusou-se sempre a ter televisão, telefone fixo utiliza por obrigações profissionais, não tem fax, nem computador e até há muito pouco tempo amontoava telemóveis que lhe ofereciam (e ele não usava) a um canto da casa.
Há uns meses deu-lhe a macacoa, aceitou a oferta dum telemóvel e decidiu-se a usá-lo.
Como em tudo que é tecnologia, recorre a mim e acredita fortemente que sou um ser omnipotente tecnicamente falando (não sou). Com o Siemens dele foi uma canseira: é antigo, eu estou viciada em Nokias e não havia instruções. Depois de algum tempo, decifrei alguns menus e conseguimos gravar a mensagem dele de atendimento que consta do seguinte:

Agora dizes o teu nome e para deixar mensagem( a minha voz)
Fala R...., agora não posso atender, deixe a sua mensagem a seguir ao sinal
Agora desliga, já está , desliga!!!( a minha voz de novo).

Não consigo ouvir este arrazoado sem desatar a rir e imagino as pessoas que o ouvem, parece o Duo Ele e Ela, vozeirão e voz fininha.
Vem isto a propósito porque recebi agora a confirnação da estadia dele no Vasanta Vihar e liguei. Adivinhem! Foi parar à caixa de mensagens!
Mas para concluir esta história. Desesperada quanto às restantes potencialidades do telemóvel, mandei-o para uma loja onde o esclarecessem. Disse-lhe lá explicam tudo e exemplifiquei, (sou pedagógica), por exemplo aos senhores acabados de chegar de Cabo Verde: Logo se a eles o fazem, com toda a paciência do mundo, a ti também explicarão.
O mais engraçado é que embora contrariado e rogando-me pragas ,ele foi. Quem estava à sua frente para ser atendido? Exactamente um exemplar como o que eu lhe tinha referido.
O notável é que aprendeu bem. Até manda mensagens escritas. Embora não atenda metade das chamadas. Mas isso são minudências. Quem lhe pode levar a mal?

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