Quando inicío um caminho a sensação é de entusiasmo mas também de ansiedade, nervosismo, expectativa. O desconhecido leva-me a crer na perfeição. Sempre foi assim no início de todas as estradas que percorri. Depois... depois vem a desilusão, a constatação que o sol nem sempre brilha, que a temperatura nem sempre é entre os 25 e os 30 graus, que as manhãs nem sempre têm cheiro. Despisto-me, ando pelas bermas, dou cabo de mim deixando bocados de pele pelo caminho. E início um novo caminho. Sempre tive a capacidade de esquecer o caminho anterior, só assim é possível amar como a estrada começa.
Chegou o dia em que já não sou capaz. Todas as estradas foram percorridas (ou assim me parecem), do entusiasmo, ansiedade, nervosismo e expectativa já nada sobra.
Talvez por isso se acabaram as viagens. Sim, que amar não é mais do que uma viagem que desejamos interminável.
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