Para as férias levo sempre um montinho de livros. Eu sou compulsiva nas leituras e gosto de ter um enxoval suficiente para não sofrer privações. Este ano semeei dois ,de que gostei particularmente, pelo caminho. Semear não é o termo, emprestei a uma pessoa que gosta de ler. Eram eles o Human Stain do Phillip Roth e o La Fête au Bouc do Llosa. Ambos os dois são poderosos e escalpelizadores da realidade. Ferem. O do Llosa foi mesmo uma revelação: nunca tinha aprofundado tanto a história do Trujillo e a descrição é tão vivida que daria seguramente um fabuloso filme. O Roth é sempre bom. O Llosa achava-o um pouco chato, duma leitura mal lida da Catedral há muitos anos. Terei que reler.
Outro dia na feira, encontrei um livro velhinho do Graham Greene, que pretende ser um esboço de autobiografia. Tem uma belissima tradução da Maria Ondina Braga. Levei-o também. Era engraçada a sensação de o abrir na praia e sentir cheiro a papel velho, entre o os odores de coco, morango e de outras pestilências de que as pessoas se ensopam. E percebi muito melhor o Greene agora, que o leio a falar dele. Adorar já o adorava,não percebia era alguns contrasensos aparentes.
É bom um post sem fotografias para variar, não é?
Abeijo-vos e vou estender a roupa.
Sem comentários:
Enviar um comentário