26 de maio de 2005

Cousas

Não tenho (digitalizadas, bem entendido) fotografias de minha infância. É porque não tenho scanner, acessório que nunca achei lá muito útil. Tenho uma foto de quando tinha vinte anos, uma que, impressa, esteve presente num jantar de participantes deste blogue (não servirá? eu me sentia tão menino); e tenho uma de quando tinha trinta e sete, ou seja, é do mês passado.

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Entre as quatro da tarde de terça-feira e as sete da manhã de ontem choveu aqui em São Paulo o equivalente a 137 milímetros cúbicos. É o dobro do que se previa para o mês de maio inteiro, caindo em quinze horas. Gente que sabe fazer as contas disse-me que choveu o equivalente a cem litros d'água a cada seis metros quadrados de área citadina.

São Paulo é cortada por um grande rio, o Tietê (que é o único do continente americano que não corre pro mar; corre pro interior, em direção ao Paraná, que aflui no Prata), e dois afluentes também de porte, o Tamanduateí e o Pinheiros. Ao longo do Tietê e do Pinheiros correm avenidas, as chamadas Marginais. Ambas tiveram vários pontos de alagamento. Ao longo do Pinheiros corre também uma linha de trem: igualmente inundada. Era impossível chegar a São Paulo pelas estradas do oeste, porque tudo também estava sob a água. Foi ontem um dia infernal, a despeito do frio que finalmente chegou.

Pior chuva em 37 anos - eu tu, Teresa, que dizias sentir saudade das tempestades de verão daqui... nenhuma se comparou a esta.

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Para variar o assunto, o Palmeiras acaba de levar uma biaba do São Paulo, 2x0, e olhem que eles tinham um de menos. Estamos deixando de ser grandes, essa é que é a triste verdade: que futebolzinho mixuruco, ridículo, o time apresentou! É a quinta derrota consecutiva, o quinto jogo consecutivo sem marcar gols. Ah, judiação.

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