25 de abril de 2005

O dia de ontem

Foi de futebol, muito futebol. E o que se poderá fazer de melhor num domingo à tarde?

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Em primeiro lugar, o Farense – Ginásio de Tavira em infantis: 1 – 5, um desastre. O Farense foi estraçalhado pelos tavirenses. Um futebol inconsistente, especialmente no ataque, e uns jogadores menos inspirados ditaram a sorte do jogo. Vai ser muito difícil melhorar o 9º lugar. No final, disse-me o Manel – O professor disse que foi o nosso pior jogo! – Sim, deve ter sido.


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Ora bem… Este ano, ainda não tinha visto o Benfica a jogar ao vivo e é no estádio, em minha opinião, que melhor se avalia a qualidade de uma equipa. Não na televisão.
Ontem, o Benfica foi muito fraquinho, mesmo muito. Um futebol aos repelões e todo orientado pela faixa central, praticamente sem explorar o jogo pelos extremos. A certa altura, e como estava bem alto e os jogadores pareciam pequenos, pensei ainda estar a assistir ao jogo dos miudos, tal era a facilidade com que se atrapalhavam com a bola e erravam os passes. Numa análise mais pormenorizada:
O guarda-redes e a defesa estiveram globalmente bem, com uma excepção: o João Pereira. É pequenino, sarrafeiro e quezilento. Tem um ar amalucado. Nunca sobe pelo seu flanco, a não ser atrás do extremo. Nunca, mas nunca, o vi fazer um cruzamento de jeito. Não gosto do João Pereira, para o ano devia ir de patins!
O meio-campo esteve entre o sofrível e o medíocre. Quando entrou o Mantorras pensei que devia ser o Bruno Aguiar a sair, e não o Nuno Assis. Acabei por ver que estaria errado: o Bruno Aguiar foi o único que deu alguma consistência à coisa. O Petit, com aquela cara de bulldog raivoso, não acertou uma. O Nuno Assis não deu para avaliar. O Simão, que tem um trato de bola a léguas dos outros, anda cansado ou retraído… não percebo. O Geovanni vai bem à linha e centra bem, mas tem um tendência louca de andar aos papéis no meio do campo.
O ataque.. ai meu deus! O Nuno Gomes, de facto, tem uma maneira esquisita de correr e dá uns saltos com uns tiques amaricados. Dizem que joga bem sem bola e que abre espaços (como o Néné…) mas ontem não vi nada. O Karadas ao menos salta alto, luta pela bola, tenta rematar… mas falta-lhe o jeito. Quanto ao Mantorras… devia ser proibido passar-lhe a bola a não ser para o homem rematar à baliza. Alguém lhe devia dizer: ficas na área, não sais de lá e quando a bola vier… chutas com toda a força para a baliza.
Ainda entrou outro… deixa-ver… quem foi? Ahhh, chama-se Carlitos e dantes jogava no Estoril.
Mas conseguimos empatar (contra 10…) e ainda deu para ganhar (contra 9…), é o que vale. Apesar de tudo, realço o trabalho do Trapattoni: espreme o mais que pode uma equipa cheia de jogadores pouco talentosos. Se ganharmos o campeonato, será por grande mérito dele. E porque equipas muito "melhores" não sabem ganhar os seus jogos.


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O Estádio Algarve é espectacular.
Já o conhecia, mas vazio, e nunca tinha estado na bancada superior. Só quem já assistiu a um jogo num estádio cheio (e que goste minimamnte de futebol) conheçe o prazer de ali estar. Na superior oeste temos ainda uma vista priveligiada para Faro e para a linha da costa. Lá ao fundo, à esquerda, bem pequenino, está o Farol do Cabo de St. Maria.
Sempre achei que o investimento para o Euro 2004 em novos estádios foi bastante positivo. A falta de infra-estruturas modernas, deste tipo, era gritante, especialmente aqui no Algarve. Agora só é necessário e urgente rentabilizar aquele estádio: campos de treino, centro de estágio, torneios de verão de qualidade, jogos de selecção, etc…
Talvez 10 estádios tenham sido excessivos… sim, talvez 8 chegassem. Talvez a Luz e as Antas apenas necessitassem de ser remodelados e não de novos estádios… sim, concordo. Mas penso que estamos melhor assim, do que sem nada.
Pode-se criticar que o dinheiro gasto nestes estádios, devia ser investido em algo mais permente e socialmente relevante. No entanto, o dinheiro não é transferivel, os investimentos não são convertíveis. Se este dinheiro não fosse gasto aqui, não iria para lado nenhum.
Critica-se ainda que os estádios ficaram vazios e não se investe no que importa, a formação. Bem… os estádios não estão assim tão vazios – tirando este, mas por razões que não podem ser evitadas – e existe mais formação do que as pessoas pensam. Posso falar do que conheço: em Faro existe um protocolo entre a Câmara e as diferentes agremiações desportivas; qualquer miudo, em qualquer escola pode escolher uma modalidade, o transporte é assegurado pela institução, o pagamento dos alunos mais carenciados é assegurado pel Câmara; o Manel escolheu futebol e desde há 2 anos que anda nas escolas do Farense com cerca de mais 100 miudos; este ano foi escolhido para a equipa principal das escolas, com mais 25 miudos; treinam 3 vezes por semana, num campo de piso sintético, com boas condições de apoio; participam no campeonato regional (Sotavento) com mais 12 equipas, que presumo terem condições semelhantes; estamos a falar de crianças de 9 e 10 anos, escolas ou pré-infantis.

E pronto. Ando a ficar muito "longo"…
Para teminar, novamente com amor, para o Carlos (e também para o F e o Jó Carvalho), deixo a frase do momento: O Mantorras resolve!

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