Observando o que PSL tem dito nestes últimos dias, o que seria o comentário de MRS se ele comentasse, por exemplo, neste Domingo na televisão?
O que MRS poderia dizer (e que talvez lhe passe pela cabeça) é o seguinte:
PSL não deve passar uma tão grande porção do seu tempo a fazer ataques ao PR. Por três razões: a razão institucional: enquanto que os governos governam mal ou bem e o Parlamento vai sendo vítima e ou responsável do seu desprestígio, é bom que sobre um órgão de soberania que permaneça aos olhos dos portugueses como última instância da fiabiliade, da segurança e da estabilidade políticas. O sistema de governo português entrará definitivamente em falência quando até a instituição da Presidência da República deixar de merecer respeito. Mais, um PR, qualquer que ele seja, a ser criticado, não deve sê-lo da mesma forma com que se critica um opositor político.
Segunda razão e relacionada com a primeira: a razão eleitoral ou eleitoralista: o povo em geral admira e respeita os PRs, quaisquer que eles sejam. Acaba por fazê-lo, mais cedo ou mais tarde. A figura do PR é um pouco como a de Ministro dos Negócios Estrangeiros: o povo acaba sempre por lhes reconhecer qualidades e mérito. O PR é como o "paizinho" na psicologia política de uma boa parte dos portugueses. Atacar o "paizinho", qualquer que ele seja, faz cair o seu atacante nas más graças do povo.
Terceira razão e também relacionada com a primeira: a razão política substantiva e estratégica: o opositor de PSL não é o Jorge Sampaio nem o Marcelo Rebelo de Sousa, nenhum deles é candidato a ganhar as eleições legislativas. Portanto, atacá-los é apontar ao alvo errado. O que PSL tem de fazer é dirigir-se certeira e exclusivamente contra Sócrates.
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