Que Lisboa estranhíssima hoje de manhã!... Havia lojas abertas ao público de peças para esquentadores e frigoríficos. Havia arranjos de televisores e telefonias. Havia lojas de tapetes e retrosarias. Uma senhora sem loja vendia flores no passeio. Havia lavandarias que não tinham marca. Prédios sem elevadores. Poucas pessoas nos cafés ainda. Havia cheiro a peixe e a sapatos novos. Havia gente verdadeira daquela que se veste sem ser para causar boa impressão. Havia pobres que não pediam, viviam. Havia roupa vendida a preços de feira.
Estranho apanhar um metro que vai para Amadora Este. Estranho haver um letreiro no portão da escola a dizer "estacionamento completo". No meu tempo, fora dos edifícios da escola, era o recreio. Agora, esse espaço é o estacionamento.
Gosto muito das calçadas com altos e baixos e uma pedrinha que falta.
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