Mesmo a gente sabendo que o ano novo não passa de uma convenção administrativa, e que, do ponto de vista cósmico, não há diferença entre 2003 e 2004, façamos uma concessão ao conjunto de superstições que chamamos de tradição, e torçamos para que este ano entrante seja macio e sem demasiados solavancos. Que nos traga dinheiro, amor, barriga cheia e saúde (ou, se não trouxer, que pelo menos não nos tome o que já temos).
No mais, eu confesso que sou completamente a favor das tradições que me divirtam. Nesta noite vou beber a valer, vou comer tudo o que conseguir, e gritar e pular nas horas certas. É bem verdade que de nada adianta, e que, a rigor, tudo são desculpas para a farra. Aceito, concordo, e me esbaldo do mesmo jeito. E assim desejo que todos se esbaldem à grande, e divirtam-se e se embebedem, e amanhã, de ressaca e parecendo que têm a testa alguns quilômetros adiante dos olhos, dêem de cara com suas casas alegremente desarrumadas, e deixem tudo para arrumar na sexta-feira, até porque há uma lei internacional que diz que é crime trabalhar em primeiro de janeiro (e se não há tal lei, façamos de conta que há - e comecemos a inventar uma nova tradição).
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