20 de novembro de 2009

De madeira, era a roda dos expostos

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Para que servia este objecto?
Já dele tinha ouvido falar, mas na realidade nunca o tinha visto.
O Pedro Ferreira acertou e cito-o:
A sua utilização mais comum era como roda dos expostos ou enjeitados.
Eram crianças recém-nascidas que os pais entregavam aos cuidados de terceiros por diversas razões:
- ou porque não tinham possibilidades para o seu sustento;
- ou porque eram filhos ilegítimos que os pais (frequentemente apenas a mãe) pretendiam ocultar.

A roda era colocada numa parte acessível da entrada do convento, junto a uma campainha que era tocada após a “entrega” e a rodagem da roda.

Por vezes servia também para entregar alimentos e outros bens que se sabia serem necessários no convento sem que o dador se identificasse.

15 comentários:

Unknown disse...

A roda do convento.

T disse...

Para?
Já fui ver o Mindelo:)

Unknown disse...

A sua utilização mais comum era como roda dos expostos ou enjeitados.
Eram crianças recém-nascidas que os pais entregavam aos cuidados de terceiros por diversas razões:
- ou porque não tinham possibilidades para o seu sustento;
- ou porque eram filhos ilegítimos que os pais (frequentemente apenas a mãe) pretendiam ocultar.

A roda era colocada numa parte acessível da entrada do convento, junto a uma campainha que era tocada após a “entrega” e a rodagem da roda.

Por vezes servia também para entregar alimentos e outros bens que se sabia serem necessários no convento sem que o dador se identificasse.

Unknown disse...

A reserva do Mindelo é uma história com um final bem triste.

Observar as aves pode ser uma actividade bem interessante.
Sendo um perfeito amador, sem tempo sequer para aperfeiçoar o pouco que sei, lá vou olhando para cima.
A minha mais recente “amiga” é uma jovem gaivota argêntea (daquelas que toda a gente que esteve à beira-mar já viu) que descobriu que eu estava disposto a partilhar o meu queque da manhã.

T disse...

Eu vou fazendo amizade com os melros.
Gostam de bolachas de água e sal. Retribuem a cantar.

T disse...

E acertou, claro.

Unknown disse...

Se Macedo eu fosse ...

teresa disse...

E encontra-se na história de muitos destes expostos parte da colonização do Brasil.

Em 1549, na capitania de S. Vicente, o então criado seminário dos Jesuítas tinha como alunos índios, órfãos portugueses e muitos dos deixados nas rodas que de Lisboa para o Brasil foram enviados com o intuito de o povoar e colonizar.

Luís Bonifácio disse...

A do Mosteiro de Arouca continua lá e operacional.
Já não há (Felizmente) expostos para a usar.

Nuno Ferreira disse...

Eu não diria felizmente...
Ainda assistimos de quando em vez a noticias de mulheres a deixarem recém-nascidos em caixotes do lixo ou em qualquer casa de banho. De notar o não uso propositado das palavras "mães" e "filhos". Há quem defenda o regresso da famigerada roda de modo a evitar tais situações. Discutível por certo, mas com um certo sentido.

T disse...

Peço desculpa. Eu a trocar nomes sou muito eficiente, risos.

teresa disse...

Quando li o post vieram-me igualmente à ideia situações dos nossos tempos como as que o Nuno refere.

No entanto, apesar de qualquer situação de abandono ser marcante, penso serem diversas as causas sociológicas: algumas destas crianças e respectivos pais seriam condenados pela sociedade (e aqui recordo ficção literária como o romance de Eça 'O crime do padre Amaro). As crianças que davam entrada na roda eram registadas (data em que tinham sido deixadas, sexo, sinais particulares), acontecendo que algumas - poucas é certo - viriam a ser mais tarde 'resgatadas' pela família, outras como já referido seguiram para o Brasil nos primórdios da colonização. Penso que mesmo a ficção literária de certa época e de alguns países europeus se baseia em casos destas crianças (os enjeitados) deixadas aos cuidados dos conventos.

Actualmente, o abandono poderá ter causas que extravasam a censura de uma sociedade de regras mais rígidas (e corrijam-me se estiver a ver mal a questão).

T disse...

Ainda persiste a vergonha de se ser mãe solteira, sobretudo nas jovens adolescentes. Não diria que já deixaram de existir regras rigídas, depende do contexto em que se está integrado. Mas que a sociedade melhorou em termos de apoio à infância, nisso concordo plenamente. Embora os tempos excessivos de institucionalização destas crianças sejam ainda um factor a reter, assim como a demora do processo de adopção.
Mas ontem a olhar para a Roda e fi-lo junto a uma mãe de cinco filhos, ficámos as duas estarrecidas a olhar: Como se conseguia? E que sofrimento para a mãe e o bebé. Vinha dali muita tristeza.

Curiosa disse...

A do convento do Louriçal também se mantem. E muitas vezes vou lá comprar ovos... São XXXXXXL!!!!

Anónimo disse...

o meu avô tinha no seu BI, como apelido final "Exposto", pois foi filho de um "exposto".
muitas vezes,a iligitimidade era o bastardo, filho de gente da Corte.
na igreja de são roque à misericórdia, houve à anos uma exposição sobre os "expostos, com os pequenos bilhetes e outros objectos que serviam para mais tarde identificá-los