Estive hoje em Coimbra. Tudo branco e vermelho ou vermelho e branco consoante predominavam ingleses ou suíços. A cidade está bonita, ainda que algo poeirenta. Estava um calor de ananases e eu, desgraçadamente, de fato completo e gravata – ossos do ofício. Infelizmente a Sé Velha está embrulhada para restauro. Mais abaixo, um compressor de umas obras fazia um ruído ensurdecedor, perante a indiferença de suíços e ingleses que, a três metros do dito, iam empinando cervejas pacatamente numa esplanada adjacente.
Na Almedina estava fresco. Na discoteca da Almedina também. Tocava a banda sonora do primeiro Kill Bill, que muito se recomenda. Não resisti a comprar qualquer coisa: trouxe para casa as Sonatas do Rosário, de Heirich Biber, gravação Alpha. Música divina do séc. XVII que oiço enquanto escrevo estas linhas.
Almoçei no Restaurante Nacional. Fica numa paralela à Fernão de Magalhães e é num primeiro andar. Neste restaurante come-se bem e servem-nos o prato a partir da travessa, como deve ser, com destreza e profissionalismo, ao contrário da maioria dos locais, porventura bem mais caros e pedantes, em que nos atiram com a travessa para cima da mesa e cada um que se vire.
Em Coimbra B uma menina ia repetindo instruções em inglês para os ingleses e suíços que iam chegando em vagas sucessivas. Dado que lá sequei durante mais de uma hora deu para perceber que o texto não era brilhante. Alguém lhe devia dizer (ou a quem escreveu o texto) que “obter um bilhete” não é “to achieve a ticket”.
O ribatejo visto do Alfa é muito bonito.
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