24 de outubro de 2011

Subsídios, subvenções, ética e bom senso.


















Penso que toda a gente considera que o orçamento de 2012 é de austeridade necessária, havendo maioritária aprovação dos aspectos quantitativos das medidas propostas, mas não se verifica o mesmo sobre os aspectos qualitativos das mesmas.
 A coerência exige a qualquer pessoa que considere que é necessário impor cortes de subsídios constitucionalmente regimentados, decida, sobretudo se for governante, aplicar o mesmo princípio e raciocínio a todos os subsídios (só) por lei ordinária previstos.
Ora, o nosso Ministro Miguel Macedo afirma que abdica do subsídio de alojamento, apesar de legalmente lhe ser devido, deixando no ar que os subsídios que estão legalmente previstos devem ser pagos. Então porque votou favoravelmente a medida de corte dos subsídios de Natal e de Férias aos que exercem funções públicas?
Diria que a ética não impera nos nossos governantes. Faça-se o que eu determino desde de que não se aplique a mim.
O bom senso determinaria que se começasse a cortar nos subsídios e subvenções atribuídos aos que exercem ou exerceram funções políticas e, progressivamente, aplicá-los aos que exercem funções públicas, na inversa medida dos seus rendimentos.
Este raciocínio de existe ‘o eu e os outros’ parece transversal aos actuais ministros. O Ministro Miguel Relvas afirmou há dias: Está na altura das autarquias começarem a colaborar no combate à crise, não podem ser só os portugueses a fazê-lo!
Serão os funcionários autárquicos mouros, galegos, castelhanos, andaluzes?

Foto de http://diasquevoam.blogspot.com/2006/11/raul-lino-para-sobrinha-de-coimbra.html

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