13 de outubro de 2009
SÍTIOS POR ONDE ELE ANDOU
Sábado dia de meditação eleitoral.
Desafiaram-no para outras meditações. Não olhou duas vezes para trás.
Estava um soberbo dia de Outono, claro e quente, daqueles dias que nem noVerão porque apenas o Outono os pode proporcionar.
Em Lisboa ainda não calhou encontrar o homem das castanhas. Mas se o homem não vai à montanha, a montanha vai a Maomé, e é ali, em pleno Cabo da Roca, que encontra o vendedor das castanhas. As primeiras castanhas do ano.
Que mais poderia ele querer?
É quando os jardins do “Moinho D. Quixote” lhe chegam à memória. The Windmill of your Mind.
Sabe, de experiência antiga, que aqueles rapazes não conseguem fazer um “gin-tonic” decente, mas curtos sãos os passos e assim, como não quer a coisa, aquela vista vale todos os sacrifícios.
Outonolidades. Outras felicidades. Memórias. Desencontros.
O sol que se dissolve no mar. As raparigas que ainda viajam com os perfumes que trouxeram do Verão, suaves raparigas pelas esplanadas, palavras mansas, fantasias em redor de um pacote de açúcar, também uma história para contar que um dia leu em “O Túnel” do norte-americano de Russell Edson”, livro que lhe emprestaram um dia e ainda não comprou. Já lá vão uns aninhos…não se desinteressou… apenas não tem calhado:
“Uma vez um homem encontrou duas folhas e entrou em casa segurando-as com os braços esticados dizendo aos pais que era uma árvore.
Ao que eles disseram então vai par o pátio e não cresças na sala pois as tuas raízes podem estragar a carpete.
Ele disse eu estava a brincar não sou uma árvore e deixou cair as folhas.
Mas os pais disseram olha é Outono.”
Espantosa claridade
Já disse tantas vezes, diz sempre o mesmo, mas gosta de repetir: decorria o Outono mais bonito do Mundo.
Passará ainda por Sintra… outras histórias… outros capítulos…
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