16 de agosto de 2009

Edifícios com história e uma adivinha

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(um letreiro junto à entrada ostenta a licença de restauro, encontrando-se materiais de construção à volta do edifício)

O parque desta quinta não é grande. Porém distribuem-se, ao longo dos seus jardins, variadas e raras plantas, tais como magnólias, camélias, araucárias, buxos e fetos arbóreos; as águas dos lagos encontraram-se praticamente cobertas por enormes nenúfares.
O milionário Metznar adquiriu-a e aí construiu a primitiva casa da Quinta do Relógio — designação tomada de uma torre com sinos que dava horas, mas que entretanto se demoliu. Também o banqueiro Thomas Horne foi, depois, seu proprietário.
Do tempo desses proprietários nada hoje resta, mas ainda é possível ter uma percepção genérica do que teria sido pelos desenhos de Esquioppetta (1829) e Celestino Brelaz e pelas notas do viajante inglês William Beckford
Sob o reinado de D. Pedro V (1853 – 1861), a Quinta passou a novas mãos, desta feita às de Manuel Pinto da Fonseca, rico aventureiro conhecido como "Monte Cristo" (cognome extraído do célebre romance de Dumas, publicado em 1846) e antigo traficante de escravos.
Nos jardins da Quinta do Relógio encontra-se abundante vegetação exótica, plantada desde logo pelos seus primeiros proprietários. Porém, o que deveras fascinou o poeta inglês Robert Southey (1774- 1843) foi a imponência de um magnífico e muito antigo sobreiro — porventura vetusto vestígio da flora indígena —, sobre o qual escreveu: «Há (...) aqui uma árvore tão grande e tão velha que um pintor deveria vir de Inglaterra só para a ver. Os troncos e os ramos são cobertos de fetos, formando com a folhagem escura da árvore o mais pitoresco contraste».
Na mansão erigida por Manuel da Fonseca durante os anos cinquenta do século XIX, passaram a lua-de-mel em 1886, D. Carlos de Bragança e D. Maria Amélia de Orleans, futuros reis de Portugal. Segundo a tradição, D. Amélia, igualmente fascinada com a velha árvore, terá afirmado: «Vale mais a sobreira dos fetos do que Cascais e Estoris, tudo junto».

Informação recolhida em: http://portefolioadmt.no.sapo.pt/Projecto/Trabalhos/pesquisamonumentos.htm
e no sítio do IPPAR

Em que localização da vila de Sintra se situa este edifício com história? Conseguem responder à pergunta?

Acertou o César Ramos quando respondeu: «Situa-se no Largo da Quinta do Relógio [bastante esclarecedor!] que tem em frente a Rua Tindade Coelho [Freguesia de S.Martinho].» Também é conhecida pelos habitantes da terra como «Casa dos Arabescos»:)

2 comentários:

César Ramos disse...

Quem já visitou a grandiosa Quinta da Regaleira situa-se bem, pois não é de todo longe. É visível, e a distância não é muita.

Situa-se no Largo da Quinta do Relógio [bastante esclarecedor!] que tem em frente a Rua Tindade Coelho [Freguesia de S.Martinho].

Do Palácio Rainha DªAmélia (onde está a GNR) até lá, a pé, é cerca de 1.500 metros.

Anyway, há cavaleiros da GNR por todo o lado que indicam, multam e mandam rebocar os carros todos.

teresa disse...

Muito bem, César. E trata-se de uma resposta muito detalhada.

Acabei de descobrir uma preciosidade (que terei de ver se não se torna muito 'pesada'), uma publicação com textos de escritores ingleses que passaram por Sintra (e por outras regiões do país), é uma espécie de relato de viagens que estava há cerca de 10 anos num cantinho da estante, é incrível ver que impressão tinham estes senhores da nossa terra e das nossas gentes.