“Receita de Filhós
Para litro e meio de farinha, duas dúzias de ovos e umas pitadas de canela em pó; todo o líquido que for necessário para amassar isto, deve constar de sumo de laranja doce, boa e madura.
Depois de preparada a massa, ligue-se ou amasse-se o mais que for possível, e deixe-se depois levedar por espaços de quatro ou cinco horas, para que a massa se torne bem flexível e macia.
Em seguida estenda-se sobre uma mesa, que deve ter sido untada com azeite, a fim de que a massa não se pegue à madeira. As proporções que se vão estendendo para recortar as filhós, deve ser pouco mais grossa que uma moeda de cinquenta centavos.
Ao lume ponha-se um tache de arame ou frigideira, que tenha suficiente altura, cheio de azeite para ir cozendo as filhós, devendo calcular-se a porção de azeite pela massa que houver feita; para o que fica mencionado, basta um litro.
Estando o azeite em boa fervura, deitam-se só as filhós que cobrem a superfície do azeite, para não se pegarem umas às outras; logo que a filhós empola e core a face que está sobre o azeite, vire-se do outro lado. Depois de prontas, vão-se passando por calda de açucar e passando-as depois para a barrica.
É facultativo afogar tudo isto num cálice de vinho de Porto.”
Receita culinária de filhós ou filhoses de 1918: façam-se as devidas adaptações. O resultado parece-me bom!
In Almanaque Palhares de 1918
Sem comentários:
Enviar um comentário