9 de abril de 2006

Apetecia-me dizer bom dia...


...mesmo sem nada de particularmente interessante para postar. Admitamos que a inspiração para a escrita tem sido pouca.

Livros, ando a ler, ou li uns poucos nos últimos tempos, mas escrever sobre eles parece tarefa complicada. Mas quem quiser ir lendo Six, de Jim Crace, não perderá de modo nenhum o seu tempo.


Música, ando a ouvir uma data dela, mas falar da dita do modo que ela merece está a ser superior à minha capacidade. Direi apenas que o que o Carlos disse sobre a Natalie Merchant é por mim subscrito depois de algumas sessões de audição compulsiva do disco.

Trabalho, é aquele permanente exercício de corrida contra o tempo, sempre com o centro de gravidade deslocado para a frente de tal modo que ou uma pessoa se mantém em aceleração constante ou se espalha ao comprido.

Poderia até falar da minha ida na próxima semana até Berlim - cidade especialíssima de memória e de arte e de modo de ser - que vou propositadamente mostrar ao meu filho, que já começa a perceber que o mundo é mais interessante que alguns bairros da cidade e alguns jogos de Playstation. Falar de Berlim, contudo, exige o espírito e a concentração para análise de um quadro renascentista, cruzados com o estado de espírito obtido perante uma casa do Siza e a descontracção resultante de uma garrafa de Esporão a acompanhar uns enchidos de Barrancos com panito alentejano.

xxx xxx xxx

E assim, este post que começou a ser escrito cerca das oito da manhã, acaba crepuscularmente às oito e tal da noite, com céu nublado sobre Sintra. De permeio, um dia de trabalho ao computador.

Mas também um passeio de bicicleta com o meu filho, ao longo do Parque das Nações até ao Trancão. Não esquecer as coisas importantes da vida, sempre.


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