Pois é, já mencionei o hábito que tinha de comer os cantos das páginas dos livros que estava a ler. Gostava muito de saborear os diferentes tipos de papeis. Nada melhor que aqueles grossos e porosos, que eram fantásticos de mastigar. Aqui que ninguém nos está a ler, confesso que outro dia testei com um Livro de Poche, mastigá-lo um bocadinho. Foi agradável, mas não me deu aquela plenitude que eu recordava.
Outro hábito péssimo que tenho é enquanto estou a ouvir as outras pessoas, contar as letras de palavras diversas. Geralmente gosto de as decompôr em 15 letras. Têm que ser sempre múltiplos de cinco, para corresponder aos dedos de cada mão. Perguntarão, porquê? Parvoíce minha. Geralmente quando as palavras não prestam, digo hum. Para quem faz muito atendimento a pessoas, este é um método muito eficaz. Fica-se com aquele ar apreensivo que a situação merece e o falante sente-se escutado. Mentira!
Outro segredo horrivel, este é da minha irmã e não meu, é o que passo a contar. Adorava tirar as peles das plantas dos pés e oferecer-mas. Se eu não aceitasse, dizia que quando ela morresse eu não iria ter recordações da maninha. Digam-me se uma pessoa pode ficar normal, depois de uma situação destas? Está certo que eu tinha 10 anos e a minha irmã 18, mas ela sempre adorou criar situações terríficas de aprendizagem. Agora ela nega que fez isso e faz aquela cara de santa, que é apanágio dela.
Bem, estou de alma mais limpa:)
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