O Governo socialista do nosso filósofo já está em plena carburação. E parece em excelente forma... Olhemos para a área da saúde:
Foi decidido que os antigos Hospitais SA (Sociedade Anónima) vão passar a EPE (Entidade Pública Empresarial). Dito assim, parece uma grande coisa mas, vista em pormenor, é uma decisão baseada no “nada” e que deixa tudo na mesma. Baseada no “nada” porque, após dois anos de guerrilha verbal e numérica entre o governo e a oposição – em que os primeiros afirmavam que os SA eram a última grande maravilha, e os segundos contrapunham que não, que era o fracasso do século -, o novo governo, sem apresentar nada que o suporte fez esta alteração. E fica tudo na mesma porque, segundo o ministro, as regras de gestão mantêm-se igualzinhas ao que eram... Que é só para evitar a privatização dos Hospitais SA, disse o sábio. Sim senhor, boa razão!
Mas, a acreditar no que afirmou Marcelo, o próprio ministro anunciou que ia alterar a lei da EPEs, tendo em vista eventuais futuras privatização. Pois...
Foi também proclamado, com pompa e trombetas, que os medicamentos isentos de receita médica (MIRM) iriam passar a ser vendidos, livremente, nos super e hipermercados. Nas últimas semanas o assunto tem morrido um pouco mas parece que sim, que irá avançar, desde que nessas grandes superfícies exista um espaço próprio com um farmacêutico e/ou técnico de farmácia. Ora bem, no fundo iremos ter uma famácia no supermercado que só vende MIRMs... mas se vai existir uma farmácia, porque é que não há-de passar a vender medicamentos sob-receituário, como qualquer farmácia?
Parece-me que será esse o caminho lógico E, em vez de ser uma medida liberalizadora da venda de MIRMs, e de eventualmente fazer baixar o seu preço, parece ser uma medida que visa acabar com o corporativismo do lobby da ANF. Será o seu único mérito, mas escusava de ser encapotada.
Sintetizando: baralhar, para ficar tudo na mesma. Os socialistas no seu melhor!
PP: Entretanto o grupo parlamentar do PS começou a entreter o parlamento com a questão da urgência do referendo sobre o aborto. É, como diria o Diácono Louçã, uma questão de extrema premência, fundamental para o futuro de Portugal.
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