21 de abril de 2005

Lisboa Só

Não, Lisboa ainda não é uma amesterdão em que as pessoas encontram-se para ter sexo sem dizer o nome e não chegam depois a dormir juntas. Lisboa é de grupos de pessoas, a dois no mínimo. Mas há aquela figura estranha a dizer adeus ao pé do Monumental. Quem é ele? Não, não me respondam!: não quero a verdade que veio numa dessas revistas! Deixem-me as revistas só para quando eu for ao médico (ou às radiografias, o que é quase a mesma coisa). O que faz uma pessoa em pose a dizer adeus? Quer ser famoso e lembrou-se de armar em esquisito? A teoria será esta: quer passar por figura popular pois se for popular então não pode ser só, por definição. É isso que ele quer: não ser só. Um cientista em Lisboa fez a experiência (há bocadinho mesmo): dizer-lhe adeus quando ele menos esperava. É verdade, atirei-lhe um adeusinho de dentro do carro sem ele dar pelo início do gesto, quando compreendeu já o adeus lhe tinha poisado. Então veio a prova, a evidência: ele apanhou o adeus como se fosse precioso e replicou-o de uma forma autêntica. Um adeusinho só é precioso se se for só...

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