17 de março de 2005

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Capitão, comissário de bordo, médico, bartender e anotadora/relações públicas (e mais tarde aparece a filha do capitão): excelente equipa. "Welcome aboard" também fazia parte da letra da canção do genérico. E o Andy warhol pintava o cabelo!

Liberalizar ainda que minimalisticamente um segmentozinho de um mercado já é alguma coisa. Liberalizar a sério e enfrentar a sério os lobbies que impedem a concorrência, sustêm preços elevados e prejudicam o Zé Povinho e as contas públicas: não acredito que estes socialistas com maioria absoluta tenham coragem para isso [vacilei 30 segundos entre "colhões" e "tomates" e optei pela palavra apropriada e não machista: tou a ficar de esquerda].

A questão das secretarias de Estado: não me parece que seja funcional ter um gabinete num sítio e tudo o resto noutro lado qualquer. Podemos contestar Lisboa como capital, talvez devesse ser outro sítio qualquer para variar, mas não me parece razoável contestar a necessidade de os serviços centrais estarem centralizados num mesmo ponto a que se dá o nome de "capital". A Loja do Cidadão é um sucesso precisamente porque... concentra tudo num mesmo sítio! A internet e a teleconferência não resolvem tudo, o cara-a-cara e as pessoas ao pé da mão, no gabinete ao lado, dão muito jeito. E descentralizar não é espalhar geograficamente as instalações físicas do poder da administração central: descentralizar é retirar poder à administração central e atribuí-lo à administração local. Repartições em Lisboa ou em Freixo-de-Espada-à-Cinta é uma questão de cadeiras, mesas e paredes, não é uma questão de política.

Até agora o novo Governo agiu bem no pouco ou nada que fez (excepto a parte da campanha eleitoral, sem propostas concretas e sem vontade para se comprometer). O Constâncio socialista e o Campos e Cunha socialista é que me preocupam cada vez mais com a questão da subida de impostos. Continuo a defender que vender prédios do Estado prejudica menos do que subir impostos. Aliás, mesmo que não houvesse défice, o Estado tem mais é que vender os prédios.

Um dos grandes mistérios que me preocupa o espírito há muitos anos é o da decisão "colar ou aparafusar?". (Os outros mistérios incluem, por exemplo, que são muitos!, porque é que a minha professora da primária disse que as estrelas eram astros fixos, a lubrificação vaginal é produzida por glândulas ou outros órgãos instalados em que sítio e abrem exactamente por onde e para onde, porque não se ensina nas escolas a Primeira República e as guerras europeias/mundiais antes da Primeira Guerra Mundial). Os vidros eléctricos do meu carro não funcionam porque depois de os colar mais de uma vez cada um, descolavam sempre e foi-me assegurado que não era possível aparafusá-los aos "elevadores". E acho extraordinário como é que as guitarras não se descolam todas, tendo em conta as forças que actuam por todo o seu corpo. E no entanto, se não fossem as diferentes tonalidades e o desenho natural da madeira, diria que uma guitarra é composta por uma só peça.

Imagino o Tom Waits médico pediatra, a receitar um uisquizinho para aquecer os miúdos no Inverno.

Devia haver Ursos de Ouro portugueses para os melhores blogadores que se publicam exclusivamente através dos seus blogs. Ou seja, jornalistas e opinion makers que dispõem de outros meios de publicação não participariam nesse concurso.

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