A minha primeira paixão, platónica, remonta aos 5 anos.
A vítima, o objecto da minha paixão, era o melhor amigo do meu irmão. Tinham ambos mais 7 anos que eu.
Ao contrário do que seria de esperar não vivi o sentimento em silêncio: declarei-me!
Anunciei alto e em bom som, ao próprio, ao meu irmão e... ao meu pai que ia namorar com o dito. Creio, embora não o recorde, que o meu pai esteve tentado a proibir a entrada do pobre rapaz lá em casa. Lembro-me que a minha mãe e avó paterna, como expectável, se divertiram com a situação e nunca ligaram muito ao assunto. O desgraçado ficou tão envergonhado e atemorizado que, de livre vontade, evitou a nossa casa durante uns dias. O meu irmão passou anos a divertir-se, primeiro gozando com o amigo, depois comigo. Sim, devo dizer-vos que este episódio causou-me alguns embaraços durante a adolescência.
Hoje acho muito engraçado, principalmente porque em adulta jamais me teria interessado por ele.
Ele continua a ser dos melhores amigos do meu irmão.
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