Ao colocar aquele post, não pretendia causar tanta polémica. Queria, antes de mais, expressar as minhas própria dúvidas e incertezas. E faz-me impressão as certazas que muita a gente tem sobre este assunto…
Concordo com tudo o que argumenta o Orlando, na defesa da vida que é um bem absoluto. Logo, o aborto, ao interromper a vida do feto, levanta um problema ético: não praticamos o bem.
Não concordo que este seja um problema de consciência individual. Há muitas coisas, intímas e só nossas, sobre as quais não temos livre arbítrio: a liberdade não é um bem prescindível, o direito de voto também não, e também não existe "direito" ao suicídio. Logo acho lógico que a sociedade defina regras em relação ao aborto.
Mas… sou pragmático. Admito que uma sociedade ceda nos seus valores éticos, para resolução de problemas que se assumam mais importantes.
Por isso aceito a despenalização do aborto... E sei que isto é relativizar a questão!
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