2 de outubro de 2013

como um suborno era pago pelo erário público

phillipe ubert queria ser abridor ao serviço da princesa e para isso mandou, em gênero de ‘cunha abridora’, 3 camafeus à princesa.
a princesa, que já tinha um abridor ao seu serviço, mandou avaliar, através do dito abridor, os ditos camafeus para que o erário público pagasse, ao que a tentou subornar, o valor dos camafeus, que a princesa para si guardou....




o príncipe regente nosso senhor, querendo indeminizar o abridor que ofereceu a s.a.r. a princesa nossa senhora uns camafeus; e não parecendo justo ao mesmo senhor dar-lhe o emprego que solicitava, visto que actualmente tem um excelente abridor português do mesmo género ao seu real serviço; houve por bem determinar que vossa mercê procurando a d. maria moscoso, para que confie os mesmos camafeus os faça avaliar por josé antónio do valle, que é o sobredito abridor português; e informe sobre o seu justo valor, a fim de se fazer pelo real erário a competente gratificação que s.a.r. tem ordenado. o que participo a vossa mercê para assim executar.
deus guarda e vossa mercê.
paço de queluz em 2 de dezembro de 1802

d. rodrigo de souza coutinho

1 comentário:

Sal e Ervas disse...

a real "burrocracia"...ideal para encobrir deslises financeiros...e assim caminha a humanidade e a história se repete....sempre...até o dia em que não pudermos mais....adorei!