2 de outubro de 2013

O 'gamanço': divagações ao correr das teclas


1.       Um estudo de há uma semana divulga que Lisboa é a capital onde há maior número de carteiristas;

2.       Há precisamente quinze dias, um alemão vem a Portugal por motivos de trabalho que envolvem alguém próximo da autora destas linhas. Paga a corrida de táxi, solicita fatura (que guarda na algibeira das calças) e, já na reunião onde se encontra, descobre que se esqueceu da carteira no veículo. Pede auxílio aos presentes. Um telefonema para a companhia  de transportes , traz-lhe de volta o que tinha perdido: documentos e cerca de duzentos euros. Louva a honestidade que , segundo afirma, se tratava de valor em descrença;

3.     Há cerca de 2 anos, uma holandesa vem à capital, igualmente por motivos de trabalho. O mesmo familiar próximo recolhe-a num hotel da baixa, junto ao balcão de receção. A senhora vai buscar a mala que tinha deixado num sofá à entrada, ficando em desespero ao descobrir que alguém, sub-repticiamente, terá entrado no local, com planos  de se apropriar dos bens alheios. A caminho da esquadra, dois velhos amigos do português que a acompanhava, ouvem o episódio. Um deles diz que algo de semelhante lhe aconteceu em Amesterdão, nos transportes públicos.

Como nota solta e a fugir à lógica, lembro outro episódio próximo, a envolver um jovem estagiário de jornalismo. A sua primeira tarefa no jornal, foi a de analisar as estatísticas da criminalidade nos comboios da linha de Sintra. No dia seguinte, não tendo outro meio de transporte a não ser o dito comboio, viu o trabalho prolongado no mesmo periódico, até às 23h (estava previamente estipulado que o horário de saída seria às 18h). Apanhou transporte por volta das 24h, talvez para testar in loco a fiabilidade das estatísticas.

Imagem: ‘Bartoon’ de Luís Afonso, Público, 29 de setembro de 2013

2 comentários:

almariada disse...

uma amiga polaca, antes de vir a Portugal, leu num livro qualquer que em Portugal os motoristas dos autocarros públicos são péssimos, acreditou e não queria andar de autocarro...
finalmente não teve outro remédio e ficou muito surpreendida por serem como na Polónia
a vida é feita de crenças e descrenças? ;)

teresa disse...

A vida é feita de crenças e descrenças, sim, embora depreenda que seja uma pergunta retórica, almariada :)