17 de julho de 2011

Mais trabalho para os alunos



Quando se implanta uma medida ou reforma educativa perspectiva-se certamente melhorar a formação dos futuros homens e mulheres de Portugal.
Temos de, uma vez por todas, clarificar se a qualidade do ensino em Portugal é boa ou não.
Porque, aplicando a lógica matemática, mais do que é bom melhora o ensino, mais do que não presta só o piora
Penso que o Sr. Ministro concorda comigo: O ensino em Portugal é de boa qualidade!

5 comentários:

Óscar Felgueiras disse...

É um dos "tudologos" da nossa televisão cujo desempenho como ministro devemos acompanhar com atenção para avaliarmos, pela amostragem, como seriam outros fazedores de opinião em funções idênticas.

DIFERENTES SOMOS TODOS NÓS disse...

Para quem estava farto de ver os Ministros (especialmente, das Finanças)a debitarem soluções que não tinham adotado enquanto Ministros, o Dr. Nuno Crato fez o caminho inverso: criticou antes de ser poder. Ainda terá as soluções que dizia ter?
Oxalá que sim! Parece-me que não.

José Quintela Soares disse...

Ser-lhe-à muito difícil não cumprir as estatísticas de Bruxelas...
Não há reprovações, os alunos são todos excelentes...
E a ignorância cresce.

teresa disse...

Fazendo de advogado/a do diabo e por ser um tema obviamente próximo e por isso mesmo sob risco de perder uma visão nítida da questão:

1- Como já foi referido, a agenda global da OCDE dita quase que previamente resultados - os números esperados determinam muito, até o tipo de provas nacionais que são feitas (e penso que é a isso que se faz referência em comentário anterior);
2- O ministro parece demonizar quem trabalha em ciências da educação, com alguma razão, embora não com toda, pois a realidade é 'polifónica';
3- Não duvido das boas intenções e dou comigo a pensar que quem deixa um cargo mais 'tranquilo' no Tagus Park para abraçar uma pasta difícil, certamente desejará ver melhorias significativas;
4- Sem mecanismos legais (e quem está no terreno sabe da permissividade em termos de disciplina a imperar na escola) a sustentar um trabalho de rigor científico (sem professores armados em psicólogos, pais, etc e sendo estritamente professores), tudo o resto não poderá passar de um conjunto de intenções (aguardemos que nas escolas se possa ter disciplina mesmo quando, em casa, ela falha);
5- Subjectivamente falando, não me parece ser NC alguém com um perfil de passividade,a aceitar imposições caso não possa agir de acordo com as melhorias pretendidas, mas nada como o tempo para o demonstrar...

ABS disse...

Se o Nuno Crato não conseguir dar a volta ao ensino em Portugal, duvido que alguém o consiga fazer nas próximas gerações. O terror mal disfarçado que vai na cara de alguns sindicalistas mais empedernidos é digno de apreciação. E a satisfação de professores que conheço pessoalmente também. Desejo-lhe a maior sorte. Contra a iliteracia científica, contra o analfabetismo cultural, contra o facilitismo criminoso que nos tem governado, pelo rigor, pela justiça, pela transparência. Pela autoridade moral dos professores, pela dignificação do seu papel. Os professores têm de voltar a ser a referência moral e cívica que já foram.

Vou trabalhar.