19 de março de 2011
Um espantoso luar
Já há dias que a ando a vigiar (à lua, para ser específica)… Hoje estará esplêndida, segundo informação dos astrónomos e respectivo tecnicismo de perigeu…
E como as associações menos científicas também surgem, para além dos versos que os poetas nos deixaram, eis que preenche a memória a grande Cesária Évora pela voz e atitude de quem já tanto viveu, sem preocupações com o que fica bem na fotografia, algo que nos tempos que correm é rotulado como «politicamente correcto» (e potenciador de alergias várias)… A referência vai para a descontracção evidenciada em concertos dados nos States que, segundo credíveis testemunhos, espantou o público do novo continente ao cantar em palco, sentada «ao contrário», ou seja, de braços apoiados nas costas de uma cadeira e, diziam eles, «amazing!» a fumar de quando em vez sem perder a força habitual…
Lua nha testemunha
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Hoje a Lua vai estar bonita, recorda-me aquele texto que um dia escrevi do cedro que se apaixonava por ela.
Lembra-me tb outra música.. do Eric Satie- Clair de La Lune :)
Beijinhos
Pois é, Margarida, já testemunhámos ter sido um pouco 'publicidade enganosa', pelo menos sem telescópio... não sei se vá queixar-me à Deco:)
Ahem, duas notas:
1. A Lua não foi nada de especial. Nem tinha de ser. Estes publicitários são uns exagerados.
2. O "Clair de lune" é do Debussy e não do Satie...
Pois é, ABS, também existe outro Clair de Lune, o de Beethoven...´há sim uma interpretação de Satie do que referes, o de Debussy que não se limitou a interpretar os temas que compôs.
... quanto à lua, tirei fotografias durante a noite publicitada e não mostram nada de tão diferente, os jornais e revistas também lutam por vendas e audiências de diversos modos...
... só agora vejo a sintaxe do que escrevi... bom, o que queria dizer era que o Satie tinha uma versão personalizada do Debussy... disgusting esta escrita disléxica.
Aqui está um "não acontecimento", devidamente propagado pela imprensa e ampliado pelos blogs. O aumento de dimensão da lua devido à maior proximidade é mínimo, imperceptível, na realidade.
Há um outro fenómeno, meramente psicológico, que também acontece raramente e que nenhum cientista consegue explicar, que é a lua, em certas condições (indefinidas) parecer ser muito grande. É inexplicável e só quem "assistiu" isso pode perceber: não dá para fotografar. Seja como for, não tem nada a ver com a maior ou menor proximidade real da lua. Muita gente terá andado a olhar para o satélite e a fotografá-lo neste dia, induzida pelo "noticiário", mas duvido que tenham "visto" a mágica lua gigante.
... e na sequência, lembro quando - não há muito tempo- fonte suspeita começou a propagar que,do nosso planeta, Marte iria ser observado com dimensões idênticas às da lua, como se tal fosse possível. Mails com imagens forjadas foram centenas em várias caixas de correio. Alguns astrónomos ficaram indignados com a 'crendice'.
Enviar um comentário