Em 1989 estava em Lisboa, no 12ºano e, como tantos da mesma idade, preparava-me para enfrentar a PGA e o mundo.
Lembro-me de ver as imagens na TV e pensar que nada seria como antes, o mundo estava a mudar…
Quase nada me aconteceu como imaginei… e na maioria dos casos, se calhar, ainda bem!
Que faziam, onde andavam há 20 anos?
9 comentários:
Não estava em Lisboa mas sim na Praia das Maçãs, também no 12º ano e pensava ainda que a minha geração ia mudar o mundo...
Estava em São Pedro do Sul, no início do 7º ano, depois de terminada a Telescola. Devia estar preocupada porque não conhecia ninguém, tinha borbulhas, vestia-me de forma diferente dos outros adolescentes...
Lembro-me das imagens na televisão e de perguntar lá em casa como se passaria a chamar o novo país, depois de deixarem de existir a RDA e a RFA.
Olá erre,
Este teu post suscita-me um comentário 'lençol' e espero que esta tua 2f não seja tão 'bloody' quanto a anterior:). Aqui segue o longo texto:
Há 20 anos era professora-estagiária, coisa que não consegui ser na ‘altura própria’ por ter andado a ‘nomadar’.
Mas recuando à época nómada, em 81 fui a Berlim (ocidental) comprar um carro usado (num grande drive-in utilizado como stand aos domingos) , escolha feita com ajuda de um simpático casal português – ele tipógrafo e considerado em terra nem sempre acolhedora para estrangeiros – que viviam na cidade. Isto porque como então a residência não era em Portugal, a compra era vantajosa.
Na altura, gostei da cidade, mas impressionava o tempo dispendido para percorrer pequenas distâncias, é que o muro estabelecia divisões (para mim impensáveis) e apresentava ‘faces’ diversas: a de muro propriamente dito, como na foto que postaste, a de arame farpado em zonas de floresta, neste caso guardado por cães-polícia e, do lado ocidental, viamos algumas cruzes junto ao muro com o nome de pessoas que o tinham tentado transpor (cujo fim terá sido fatal). São estas as minhas memórias de Berlim, cidade onde não voltei depois de ter comprado o meu Fiat (Tupperware, como lhe chamavam os colegas já em Portugal, pois as janelas não abriam e ficava-se por lá hermeticamente fechado, mas isto já é divagação...).
Que novos que são:)
Errezinha tudo certo para quinta?
Está tudo bem na nova casa?
De 29 de Dezembro de 1989 a 1 de Janeiro de 1990 estava em Berlim.
Apetece-me dizer como a «T»: «Que novos que são!»
E agradecer à «Teresa» o ter-nos «levado» até Berlim Oriental.
Todo a ano de 1989, foi um ano de impossíveis…
Lembro-me que mal cheguei do emprego, nessa 5ª feira, o telefone tocou de imediato. A mais idosa da família, depois de várias tentativas, apanhava-me assim para, exuberantemente, me contar o sucedido: «Sabes filha, nunca pensei ver este dia! Eu que me lembro tão bem do fim da Guerra… Até parecem festejos iguais. Isto é uma coisa grandiosa! É como se a Guerra acabasse outra vez». Era de tal maneira uma improbabilidade que achei que a idade e a surdez a tivessem enganado, mas ela estava certa.
Quanto a mim não consegui impedir as lágrimas de cair perante as imagens avassaladoras que passavam na TV…
E quando fui pela 1ª vez a Berlim, em 1995, o muro ainda estava muito presente em vários pontos da cidade, muitos terrenos abandonados existiam em pleno centro, as ervas ainda cresciam na Alexanderplatz, junto às portas de Bradenburgo um enorme mercado de vendedores ambulantes tentava vender artigos da RDA, aos poucos turistas que por lá passavam, e os Trabant, resistentes em vários sentidos, ainda circulavam pelas ruas…
Olá a todos!
Somente eu, percebo... eu tinha as mesmas ilusões...
Teresa, gostei do teu "lençol", deu-nos uma bela panorâmica. E a minha 2ª, embora trabalhosa, não foi “bloody” :) antes pelo contrário.
T, novos, novos… risos! É mais a Lulu ;)
A nova casa é outra realidade ;) Mas está a correr tudo bem! ‘Brigada
Quanto a 5ª tinha pensado ligar-te amanhã… tenho algumas duvidas… Amanhã dou-te mais detalhes.
Menino Carlos, ficamos à espera do post a contar esta experiência no pós-queda do muro :)
estava exactamente como tu :)
Em 1989, Novembro, estava acabadinha de entrar na faculdade e saída da Escola Alemã. Por isso fiquei tristíssima por já não ser aluna e por não fazer o meu quotidiano em "solo alemão" aquando da tão esperada queda do muro e da Wende.
Lembro-me de, ainda no 12.º ano, talvez em Abril ou Maio de 89, o meu professor de História nos ter trazido manuais escolares da DDR e de os termos comparado com o nosso (da Alemanha Federal) e de como analisámos a abordagem e o tratamento completamente díspares dados a um mesmo evento histórico... Fiquei chocada e incrédula.
O dia 9 de Novembro, este de 2009, também marcou uma mudança, já que denunciei o meu contrato...
Afinal também vos compreendo, erre e somente... ;)
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