8 de agosto de 2009

O Pessoa em bolandas









Maria Antónia Palla conta a história do leilão do "Fernando Pessoa", pintado por Almada Negreiros que foi vendido em 1970 pela extraordinária quantia, à época, de mil e trezentos contos. A Gulbenkiam absteve-se do assunto, preferiu encomendar uma cópia do quadro a Almada, visão prospectiva de louvar...De salientar que Almada recebeu 20% de direitos de autor com a venda. Nada mau, para um quadro que lhe tinha valido trinta contos na sua venda aos donos do restaurante Irmãos Unidos.
Já aqui tivemos a versão da revista Notícia sobre o mesmo assunto, será interessante cruzar as duas.
Magnífica imagem da camionete de transporte da obra...
Clicar nas imagens para ampliar.

3 comentários:

César Ramos disse...

Toda a vida exposto numa parede de Restaurante e ninguém passava cartão àquilo!... só a preocupação nas ementas!!...

Após leiloada é que vieram as preocupações de que a obra não deveria saír do país. Foi um anónimo que a comprou, e encomendou o restauro ao Museu de Arte Antiga.

Temos sempre um "Anónimo" metido em coisas sérias!!...

Daquela vez, julgo saber quem foi o anónimo.

Parece que era banqueiro e tinha uma grande colecção de Vieira da Silva.

Depois de se perderem, é sempre então que saberemos dar valor às coisas!...

Este quadro, um dos que sempre mais gostei do Almada... só o verei em gravuras,... e pouco mais...[há uma réplica algures!]

Esperemos que não vá 'fazer' poesia para terras onde não percebem patavina de português...

Nota curiosa para alguém que não saiba:

- Almada Negreiros faleceu no Hospital de S.Luís, no mesmo quarto onde morreu Fernando Pessoa.

A Vida e a Arte, entre rimas e pinceladas, tem destas
coincidências (...)

[O tal banqueiro anarquista, perdão, anónimo,... foi quem também 'valorizou' na "bolsa de valores da arte"
Júlio Pomar]

Não tivessem aparecido 'mecenas', e ainda hoje 'Mona Lisas' etc. não valeriam um chavo!...

Nem sequer levantarem os rostos do prato nos Irmãos Unidos e olhar para ver o que Pessoa, por sua vez, estava também a 'olhar' lá, no seu lugar pintado a óleo.

«Peço desculpa, pois desato a escrevinhar emotivamente e em 'directo', e esqueço que aqui, sou um 'sem abrigo' desta rua,... e devia limitar-me, e cuidar mais do espaço.»

T disse...

Escreva no Dias como em sua casa:)
Aqui não é sem abrigo!

César Ramos disse...

Bom dia,

Já tive mais certezas disso...
mas tudo bem.

Cumprimentos
C.R.