14 de março de 2009

CAMINHADA PARA ABRIL


14 de Março de 1974

No Salão Nobre da Assembleia Nacional, numerosos oficiais dos três ramos das Forças Armadas, reuniram-se para afirmarem ao Chefe do Governo, prof. Marcelo Caetano, o seu apoio à acção de defesa do ultramar e, simultaneamente o seu espírito de unidade, lealdade e solidariedade.
Em nome de todos os militares falou o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Paiva Brandão: “Estamos unidos e firmes e cumpriremos o nosso dever sempre e onde quer que o exija o interesse nacional.”
Marcelo Caetano agradeceu proferindo um discurso catalogado como “A Todo o Desafio Temos de Dar Resposta.”
Palavras finais
“Milícia é sacrifício. E mesmo, num mundo onde o egoísmo desenfreado e o amor das facilidades e dos prazeres parece reinarem, ai de nós se desaparecerem as instituições onde o desinteresse, o serviço da colectividade, a dádiva de si próprio persistam como grandes virtudes morais exemplares.
O País está seguro de que conta com as suas Forças Armadas. E em todos os escalões destas não poderá restar dúvidas acerca da atitude dos seus comandos.
Pois vamos então continuar, cada um na sua esfera, dentro de um pensamento comum, a trabalhar a bem da Nação.”

4 comentários:

teresa disse...

Gostava de deixar aqui um desafio - caso concordem, é claro - o de no dia 25 de Abril (as desculpas à T. que já referiu não gostar de dias com rótulo) relatarmos as nossas memórias do acontecimento (refiro-me obviamente a 1974):)

T disse...

Já o fizemos noutros anos, cada qual escreveu como sentia e sente o dia. O 25 de Abril é história, não é dia rotulado.

teresa disse...

Tens toda a razão. Ainda ontem me dizia uma pessoa muito idónea e mais velha do que eu: "o meu marido ofereceu-me, durante 2 anos, uma flor pelo 8 de Março. Após a segunda oferta, disse-lhe que ou me oferecia uma flor todos os dias ou a efeméride morria logo por ali". Penso que isto exprime bem o que são dias rotulados.Quanto ao 25 de Abril, lá por casa compramos sempre cravos nesta data (os do jardim nunca têm o mesmo ar, apesar de cheirarem melhor) e pelo último "Dia da Liberdade" que o meu pai viveu, teve direito a uma jarra cheia de cravos vermelhos na mesa de cabeceira do hospital. Mesmo muito doente, esboçou um sorriso de contentamento que valeu pela vida.

gin-tonic disse...

Deixar a Terra da Alegria a olhar um braçado ce cravos vermelhos, "um sorriso de contentamento que valeu pela vida".
Simplesmente comovente.
Uma abraço.