Queixaram-se que eram complicadas. Estas não são, risos.
Toca a acertar. Esmerem-se. E contextualizem com a história da estátua.
gin-tonic disse...
Ah! Esta tem todo o vento a favor. Já andava a desesperar que terminaria o ano sem acertar uma:
Largo Trindade Coelho
9 comentários:
Largo da Igreja de S Roque
Carlota Joaquina
Ah! Esta tem todo o vento a favor. Já andava a desesperar que terminaria o ano sem acertar uma:
Monumento ao ardina, Largo Trindade Coelho, em frente à estátua está o "Expresso-Bar" onde pela última vez viu o Manuel da Fonseca, a Livraria, uma taberna à esquina que agora é uma coisa indefenida, nem carne nem peixe, na outra esquina o restaurante onde almoçou pela primeira vez em liberdade, com uma malta que descera da redacção do "República", a maiou parte deles já não anda por cá.
esta foi a zona que muito antes da estátua foi das minhas zonas.
porque vinha da rua da rosa onde trabalhei nos anos 60.
porque o meu pai trabalhou muitos anos no restaurante mealhada, ali na esquina por baixo do república.
porque um irmão meu trabalhou no diário ilustrado no outro lado do largo.
porque a livraria opinião ali ficava perto e eu la passava muitas horas no bar do último andar.
porque junto à estátua ficava uma livraria luso espanhola que era riquíssima em livros espanhois durante a ditadura franquista.
porque tinha que a atravessar quando ia levar provas à censura, no tempo em que trabalhava no largo do leão.
porque no começo das escadas ficava uma senhora generosa que me dava cromos e me deixava ver algumas revistas que guardava escondidas debaixo de umas outras.
porque...
porque...
porque...
O "Mealhada", sim senhor. Estava-lhe a falhar o nome e o que está lá agora já assim não se chama. Quis lembrar o nome mas só lhe aparecia o "Alfaia", no Bairro Alto, onde se comiam umas maravilhosas favas com enchidos e entrecosto e havia uma empregada simpatiquissima que, disseram-lhe depois, era informadora da PIDE. Na rua de esquina da Livraria Opinião, não lembra agora o nome, antes de chegar ao restaurante "Estibordo", havia um pequeno tasco com um extraordinário tinto de pipa. Passou aí bons bocados com os tipógrafis do "República"
Espera que seja isto que a T: entende por "constextualizar com a história da estátua."
A ele deu um gozo tremendo viajar até esses tempos.
Bela adivinha.
o mealhada era do ti' santos.
dono da casa onde nasci.
sim, essa a dois metros da minha casa de fajão.
o meu pai trabalho lá muitos anos depois de sair da 'fajaense' no começo da rua do benformoso e antes de abrir o 'seu' cava do viriato no 63 da rua da rosa.
ainda me lembro dessa tasca no mesmo passeio da entrada do república da rua nova da trindade.
o alfaia era um clássico e inha, de facto a fama de ter uma senhora que era muito faladora para com os senhor da antónio maria cardoso.
a cava do viriato, pelo contrário, chegou a ser avisada por causa dum puto que por lá andava e que logo nas eleições de 69 foi ao campo pequeno buscar as listas da cde para distribuir pelos comensais.
por muito surrealista que hoje pareça, as listas tinhas que ser distribuidas pelos candidatos. não existiam nas salas de voto. o simples distribuir de listas de voto era uma actividade politica muito séria naqueles dias.
Só que não é um ardina, é um cauteleiro:)
dina é o que está na estátua do jardim são pedro de alcãntara.
mas para o caso é irrelevante saber se a estátua vendia jornais nos intervalos da lotaria
:)
a do ardina, queria eu dizer
Coisas do entusiasmo, carissima T. Meteram-se-lhe os jornais pelos olhos dentro, passou-lhe que lá por detrás está a Santa Casa da Misericórdia.
O rigor é uma coisa bonita.
Já agora Carlos: o tasco de que falas é o que tem porta para o Largo Trindade Coelho, o tasco de que ele fala é na Travessa João de Deus - pensa que é, tem hoje a mona enevoada - assim como, digamos,uma paraela às Escadinhas o Duque. Dobrava-se a esquina da Opinião e era logo o tasco. Há tempo passou por ali e estava lá uma coisa de comidas e bebidas de nome "Clavdivs", com aspecto de já não abrir há muito tempo
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