19 de dezembro de 2008

christmas sucks

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(fotos associated press e afp)

o natal é sempre muito bonito e muitas prendas e muitas músicas e muito amor e muita alegria e muito calor humano.

excepto para que sente que não tem futuro.
realmente tanto natal enjoa.

muito

8 comentários:

teresa disse...

Como tudo o que é em demasia.
Recordo os anos 80 quando todos apregoavam as qualidades da poesia de Pessoa. Houve quem dissesse com legitimidade: "tanto Pessoa já enjoa".

gin-tonic disse...

Penitencia-se e pede desculpa pelo excesso natalicio. Reconhece que no que refere a certaa coisas se torna um fulano insuportável. Passaram o tempo a dizer-lhe que se pode ser de excessos mas que é bom conhecer as fronteiras. Fazer rigorosa e excusivamente aquilo de que se gosta pode provocar, aos outros enjoo.
Promete, no futuro, tomar as necessárias e convenientes precauções de não impor as suas paranóias.

Anónimo disse...

O meu comentário não visava o Gin...referia-se sim a excessos que, felizmente no Portugal profundo e com capacidade de preservação, não me conseguem afectar.
Quanto ao post, o Carlos o dirá se para aí estiver virado...
O "outro" Natal, o legítimo, é uma época que construo (roubando a expressão aos Xutos) "à minha maneira":)

AnaMar (pseudónimo) disse...

Este ano estou sem espírito natalício. Não sinto pronto.
E não falo do comercial, do adulterado pelo passar dos tempos em que sinto saudades do Natal da minha infância.
Talvez ande em guerra com o Mundo, talvez seja por estar adoentada, talvez seja a impaciência de tanta falsa caridade...Porque o verdadeiro espírito se tem vindo a perder e deu lugar a um novo. Melhor? Pior?
Não julgo, mas não é definitivamente o meu.
Assim, este Natal, recolho-me numa concha, espero o Pai Natal e parto com ele no trenó.
Um beijo e um Feliz Natal para TODOS.

T disse...

Este ano o Natal anda a cansar-me mais do que o costume, mas também cada vez o vejo menos presente por todo o lado.
Época estranha esta...Que passe depressa.

Anónimo disse...

Estas fotografias são fortíssimas,
"um murro no estomago".
E este Natal fica já aqui, ao virar da esquina.

carlos disse...

caro gin,

este post não tem absolutamente nada a ver contigo.

grosso modo tem muito mais a ver comigo com a minha aversão aos natais na minha adolescência.
o facto de a única vez na vida que estive próximo da embriaguez ter sido uma noite de natal deve ser um sinal.

não te penitencies e continua com os teus 'excessos' sejam eles de gin com água tónica, de canções e ambientes de natal, ou de qualquer outra coisa que te faça sentir bem.

eu seria a última pessoa a poder falar de excessos nesta casa.
já aqui me aturaram longos dias a dissertar sobre as características do canto gutural de república de tuva e dos seus grandes músicos, ou da música árabe, ou de discos com gritos lancinantes e outros com harpejos em arame farpado.
isto para não falar dos longuíssimos linguados sobre a teoria religiosa, sendo ateu.

quanto às canções de natal, já passei muitos anos a ensaiá-las de todos os géneros e feitios e a dar secas por tudo quanto fosse igreja (sim, sendo ateu). nada tenho contra, sendo que não fazem o meu género. mas apenas isso.

o christmas sucks tem muito mais a ver com o paul nizan e o seu célebre
'eu tinha vinte anos e não permitia a ninguém que dissesse ser essa a mais bela idade da vida.
tudo ameaça a vida de um jovem: o amor, as ideias, a perda da família, o ingresso entre os grandes. é muito duro obter a sua parte no mundo'.

parece-me ser esse grande parte do sentir dos jovens de atenas.
como foi um pouco o daqueles dos arredores de paris.
e provavelmente será um dia o dos arredores de lisboa.

resumindo, ou como diriam os meus filhos, 'a versão curta':

continua a escrever o que te apetecer, da forma que quizeres e na quantidade que te der na gana.

gin-tonic disse...

Para que conste, é importante que diga que não entendeu as palavras da Teresa, as palavras do Carlos como remoque, crítica, o que quer que seja. Anda por aqui há pouco tempo, mas o suficiente, para perceber que a liberdade de expressão é apanágio de "Os Dias Que Voam". Cada um com o direito de ter os seus gostos, as suas ideias.
O seu comentário limitou-se a expressar o que, por um destes dias constatou, que andar por aqui, um mês e picos, a falar do Natal é um tanto ou quanto exagerado.. Matéria não lhe falta, mas poderia ter resumido a coisa a meia dízia de "posts." Coisas do gosto, do entusiasmo...
O Carlos dizer que numa noite de Natal esteve no limiar da embriaguez, fez com que lembrasse uma história.
Numa consoada de Natal, talvez finais dos anos 60 principio dos 70,acabado o bacalhau e as rabanadas, os homens da família, já bem bebidos, entenderam seguir o conselho do Bernardino: havia uma casa de fados no Bairro Alto.
aberta na noite de Natal.
Excursão montada para o Bairro Alto. A casa chamava-se "1001" ou "2001", estava a abarrotar e cantava-se o fado. Lembra-se que comeu caldo-verde, bebeu gin-tonico, actuava o João ou José Casanova e às tantas chega um mutilado da guerra, numa cadeira, de rodas, quase a chorar e a dizer para o dono da casa que nunca poderia faltar ali na noite de Natal. O dono deu-lhe um grande abraço e um "whisky".
Chama-lhe a sua Noite de Natal surrealista...