23 de dezembro de 2008

Arroios em quase Natal

Na rua. Está quase calor e as pessoas acotovelam-se numa ânsia qualquer. Eu cá não o faço, estou mole que se farta. Vou comprar pilhas para os brinquedos da sobrinha mais velha. Entretanto ida aos correios buscar uma encomenda de papel velho. Continuo a estranhar os velhinhos a levantarem integralmente as pensões logo ali e a bonificar mentalmente a paciência dos funcionários dos CTT da Pascoal de Melo. Agradável de ver o carinho com que atendem as pessoas, sobretudo os que mais dele precisam. Mas os correios para a época estão vazios, diga-se entrementes. Enquanto aguardo ouço estranhas histórias: o do senhor que recebe a correspondência em casa duma mulher que nunca lá morou ( diz ele que vive lá desde que nasceu) e do senhor que quer enviar 100 euros mas já a uma amiga que está longe. Eu enrosco-me nos pensamentos e no meu cabaz de Natal. E como sou simples de contentar, com isso e com os Magazines Bertrand de 1930 que recebi, o meu dia está feito. Sim vou trabalhar à meia-noite de hoje. Mas não faz mal, pois não? A felicidade ainda é de graça.

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