num registo e importância diferentes da mais recente "polémica" aqui do dias que voam, este assunto tem dado que falar... o ex-preço fnac é assunto de actualidade... o que dizer sobre isto?
é da prática comercial que o consumidor não valoriza um determinado desconto se o tomar por adquirido. se um desconto for constante, aquele passa a ser o preço do produto. quando, por oposição, um concorrente decide que em vez de 10% sempre, concede 20% 3 vezes por ano, pode ter muitíssimo melhores resultados com muito menos gastos.
a culpa é nossa, consumidores. a fnac, como todos as empresas que querem vender mais, adapta as suas práticas comerciais ao que o consumidor mais valoriza.
Engraçado é que o Corte Ingles iguala os preços da FNac. Eu cada vez desgosto mais da Fnac, espaço e conteúdos. A BYblos também não tem graça nenhuma, difa-se de passagem.
Para ele a FNAC foi apenas os seus primeiros tempos, depois começou a descambar até chegar ao ponto onde chegou. Muitos clientes apenas a frequentavam pelos tais 10% de desconto nos livros o que, nos tempos que correm, é algo a considerar. Mas sempre gostou de ir a livrarias com ambiente de livrarias e não o de um qualquer supermercado. Sempre gostou do comércio tradicional, de aproximação. Ainda há livrarias em que dá gosto entrar e onde também se praticam 10% de desconto. É só andar por Lisboa. Lembra uma velha crónica de Jorge Silva Melo que titulou “Já Fechou a Livraria”, contava que uma pequena livraria abrira em Campo de Ourique, “livraria pequena, não especializada. Livraria de bairro como eu queria que as houvesse em todos”, mas que não chegou a estar aberta um ano. E interrogava-se “Por que não fui lá procurar e encomendar os contos de Edith Wharton que acabei por comprar na FNAC. Por que não fui interlocutor solidário daquela senhora que efectivamente ousou e foi vencida? Por que hei-de perdoar-me a mim? Não foi isso mesmo que eu disse àquela pequena livraria? Que não a queria? Que não me servia para nada? Que lhe prefiro a Internet e as fnacs?” E a crónica terminava: “Se a pequena livraria fechou, fui também eu que a fechei”.
Se provocamos o problema, devemos fazer parte da solução!
Neste caso, é só deixar de comprar...
Mas não conseguimos, pois não?!
Eu só consigo, porque ultimamente o meu poder de compra só me permite passear pela FNAC, ver as novidades, tomar nota do que gostaria de ler e ouvir, para fazer listas de presentes a receber e saber junto de amigos e familiares , se têm o que eu quero. Tenho tido sorte :-D
Anamar, e não só: neste momento em Lisboa, pelo menos na Praça da Figueira e na estação da CP da AV. Roma, estão patentes feiras de livro manusaedo, o chamado "nice price" e onde se encontram algumas "pechinchas". Há é que perder algum tempo porque a exposiçaõ dos livros é um tanto ou quanto caótica.
Fez lembrar-me uma história de trabalho onde vendi um artigo ao mesmo preço da concorrência. Não tinha desconto porque eu não tinha inflacionado o preço previamente.
Mas o cliente insistiu, sem olhar para o preço, que a concorrência fazia desconto.
A partir dali, inflacionei todos os preços e fazia o desconto que os clientes tanto gostavam.
7 comentários:
é da prática comercial que o consumidor não valoriza um determinado desconto se o tomar por adquirido.
se um desconto for constante, aquele passa a ser o preço do produto.
quando, por oposição, um concorrente decide que em vez de 10% sempre, concede 20% 3 vezes por ano, pode ter muitíssimo melhores resultados com muito menos gastos.
a culpa é nossa, consumidores.
a fnac, como todos as empresas que querem vender mais, adapta as suas práticas comerciais ao que o consumidor mais valoriza.
Engraçado é que o Corte Ingles iguala os preços da FNac.
Eu cada vez desgosto mais da Fnac, espaço e conteúdos. A BYblos também não tem graça nenhuma, difa-se de passagem.
Para ele a FNAC foi apenas os seus primeiros tempos, depois começou a descambar até chegar ao ponto onde chegou. Muitos clientes apenas a frequentavam pelos tais 10% de desconto nos livros o que, nos tempos que correm, é algo a considerar. Mas sempre gostou de ir a livrarias com ambiente de livrarias e não o de um qualquer supermercado.
Sempre gostou do comércio tradicional, de aproximação. Ainda há livrarias em que dá gosto entrar e onde também se praticam 10% de desconto. É só andar por Lisboa.
Lembra uma velha crónica de Jorge Silva Melo que titulou
“Já Fechou a Livraria”, contava que uma pequena livraria abrira em Campo de Ourique, “livraria pequena, não especializada. Livraria de bairro como eu queria que as houvesse em todos”, mas que não chegou a estar aberta um ano. E interrogava-se “Por que não fui lá procurar e encomendar os contos de Edith Wharton que acabei por comprar na FNAC. Por que não fui interlocutor solidário daquela senhora que efectivamente ousou e foi vencida? Por que hei-de perdoar-me a mim? Não foi isso mesmo que eu disse àquela pequena livraria? Que não a queria? Que não me servia para nada? Que lhe prefiro a Internet e as fnacs?”
E a crónica terminava:
“Se a pequena livraria fechou, fui também eu que a fechei”.
Se provocamos o problema, devemos fazer parte da solução!
Neste caso, é só deixar de comprar...
Mas não conseguimos, pois não?!
Eu só consigo, porque ultimamente o meu poder de compra só me permite passear pela FNAC, ver as novidades, tomar nota do que gostaria de ler e ouvir, para fazer listas de presentes a receber e saber junto de amigos e familiares , se têm o que eu quero. Tenho tido sorte :-D
Também tive sorte na feira do Livro da Amadora...
Abreijos
Anamar, e não só: neste momento em Lisboa, pelo menos na Praça da Figueira e na estação da CP da AV. Roma, estão patentes feiras de livro manusaedo, o chamado "nice price" e onde se encontram algumas "pechinchas". Há é que perder algum tempo porque a exposiçaõ dos livros é um tanto ou quanto caótica.
Agradecida gin-tonic.
Tento estar sempre presente em eventos desses.
Abraço.
Fez lembrar-me uma história de trabalho onde vendi um artigo ao mesmo preço da concorrência. Não tinha desconto porque eu não tinha inflacionado o preço previamente.
Mas o cliente insistiu, sem olhar para o preço, que a concorrência fazia desconto.
A partir dali, inflacionei todos os preços e fazia o desconto que os clientes tanto gostavam.
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