Amanhã começo uma nova viagem e a T. - simpática ou, mais certamente, inconscientemente - desafiou-me para a escrever (ou descrever, não sei bem). Acedi, claro - não sei dizer que não a um desafio que me oferece 90% de probabilidades de perder e 10% de me esmagar, sobretudo se for proposto por uma senhora jovem, simpática e estimulante.
Há, contudo, que escrever um preâmbulo, creio: por um lado para avisar os leitores mais incautos, coitados, do que aí vem e por outro para mo ajudar a balizar. Gosto de viajar, claro; e gosto, muito mais, do que faço. "Que sorte" - é provavelmente uma só, a sorte: fazer aquilo de que se gosta e gostar daquilo que se faz. Tudo o mais são epifenómenos, tanto os que são para o lado do bom como os que não são. Gosto de viajar, viajo muito - se bem cada vez menos no meu meio de locomoção favorito, uma embarcação de vela - e nunca, ou muito raramente, viajo de férias.
Viajar em trabalho é diferente, e muito melhor: isto parece-me uma evidência e não me vou alargar muito sobre as razões. Mas posso dissertar um bocadinho sobre as consequências: uma delas é que não há tempo para grandes considerações histórico-filosóficas sobre os lugares visitados; outra, muito mais agradável, é que contactamos com os lugares numa perspectiva totalmente diferente, menos exótica e mais pragmática.
O meu relato desta viagem vai, espero, reflectir isto mesmo: não a Marselha da Notre-Dame-de-la-Garde, mas a dos marselheses que nunca lá põem o pé; o mesmo para Algeciras, Rabat, ou (será "uma viagem"?) Lisboa.
A razão de ser deste périplo é a Regata Festival dos Oceanos. Espero que tenham tanto prazer a lê-la como eu tenho a fazê-la; espero, sobretudo, ser capaz de vo-lo transmitir, esse prazer, essa inevitabilidade.
Há, contudo, que escrever um preâmbulo, creio: por um lado para avisar os leitores mais incautos, coitados, do que aí vem e por outro para mo ajudar a balizar. Gosto de viajar, claro; e gosto, muito mais, do que faço. "Que sorte" - é provavelmente uma só, a sorte: fazer aquilo de que se gosta e gostar daquilo que se faz. Tudo o mais são epifenómenos, tanto os que são para o lado do bom como os que não são. Gosto de viajar, viajo muito - se bem cada vez menos no meu meio de locomoção favorito, uma embarcação de vela - e nunca, ou muito raramente, viajo de férias.
Viajar em trabalho é diferente, e muito melhor: isto parece-me uma evidência e não me vou alargar muito sobre as razões. Mas posso dissertar um bocadinho sobre as consequências: uma delas é que não há tempo para grandes considerações histórico-filosóficas sobre os lugares visitados; outra, muito mais agradável, é que contactamos com os lugares numa perspectiva totalmente diferente, menos exótica e mais pragmática.
O meu relato desta viagem vai, espero, reflectir isto mesmo: não a Marselha da Notre-Dame-de-la-Garde, mas a dos marselheses que nunca lá põem o pé; o mesmo para Algeciras, Rabat, ou (será "uma viagem"?) Lisboa.
A razão de ser deste périplo é a Regata Festival dos Oceanos. Espero que tenham tanto prazer a lê-la como eu tenho a fazê-la; espero, sobretudo, ser capaz de vo-lo transmitir, esse prazer, essa inevitabilidade.
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