o vinho casal garcia é hoje, talvez a par do mateus rosé, do figo e do ronaldo, um dos símbolos de portugal no estrangeiro (refiro-me ao simbolos vivos, excluindo portanto a amália, o eusébio, o galo de barcelos, a senhora de fátima e o psd).
um produto que, ao contrário de muitos outros, as suas exportações não se destinam apenas ao tristemente denominado 'mercado da saudade'.
o casal garcia apareceu no final dos anos 40, quando a família guedes (propriétária da quinta da aveleda há muitos anos) decidiu modernizar a sua propriedade contratando um enólogo francês e lançando aquela que viria a ser a sua grande marca comercial, numa altura em que as marcas de vinho eram pouquíssimas ainda.
talvez por ter sido pioneira em afirmar o seu 'rótulo' (ao tempo as marcas seriam poucas centenas e hoje são muitos milhares) e por ter mantido um padrão de qualidade com pouquíssimas variantes (o que torna o sabor do vinho 'expectável' e isento do 'crime' de frustação de expectativas), o casal garcia conseguiu tornar-se um lider incontestado de vendas do segmento dos vinhos verdes em todo o mundo.
a prova disso é o selo que os correios do japão lhe dedicaram:
o rótulo continua a ser básicamente o mesmo da sua criação: uma ligação afectiva à tradição cultural do minho com os bordados a encherem a mancha.
numa altura em toda a gente acha que renovar uma imagem de marca é limpá-la de tudo e transformar os rótulos em coisas mais ou menos asépticas visualmente (o que também afecta a quinta da aveleda nos seus outros produtos, com excpção do aveleda 'fonte') sabe bem a sensação de olhar para um rótulo e reconhecê-lo.
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