13 de março de 2007

Dia do pai

Papá, hoje fiz uma prenda para ti na escola.
Sim filha? É para o Dia do pai?
Mas papá, não te posso contar o que é.
Pois é filha, é segredo.
(Silêncio de minutos)
Papá a prenda é para pendurar
Sim, já fico a saber que é para pendurar.
Mas papá não a podes pendurar na casa de banho.
Não filha?
Não, podia ficar estragada. É uma pintura. Mas não posso contar.
Está bem filha, já sei que não podes contar o que é o presente. Sei que é uma pintura para pendurar. Mas é segredo.
(conversa no carro entre a M e o pai, enquanto eu aproveito a boleia. Ela é pequenina, mas já apreendeu exactamente a essência do segredo: contar a novidade devagarinho e com ar discreto).

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