24 de dezembro de 2006

São Nicolau

Nicolau, ó, Nicolau!


Eis o homem. Ou melhor, o santo. Consta que era bonzinho, ressuscitava crianças, tinha ímpetos de educador, e que, certa feita, impediu três moças de virarem prostitutas, dando a elas o dinheiro de seus dotes. Há mais magreza e menos barba nesse santo nacional russo do que costumamos pensar. Procurei sem muito afã uma imagem dele que vi certa vez, barbudíssimo e cara de furioso, esmagando um diabo verde e muito sorridente, mas não achei. Enfim, amigos e pecadores que me lêem: que vossa Natividade seja a melhor, considerando a força dos ventos e os advérbios todos que sempre interferem. Eu, do meu lado, seguirei firme na restrição salina e alcoólica (o coração andou a dar-me uns sustos; estou oficialmente diagnosticado hipertenso, adiando com frutas e preguiça minha entrada no mundo do Capotem) e, dado o calor deste hemisfério de baixo, suarento de boas intenções e melhores pensamentos.

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