5 de abril de 2006

AMATO LUSITANO

A Teresa deu-me uma ideia, mas fica para mais tarde.

Ando há muito para falar de uma daquelas pessoas que se distinguiram no campo das ciências e é tão desconhecido para a grande maioria dos portugueses, como desconhecido é o significado da palavra maranhos. Isto é sintomático entre nós e quem não é falado, esquece. Em parte, a culpa vem da inépcia e da falta de vontade de projectar uma região que á desconhecida e é para muitos vista como um planalto, rodeado de uma montanhas e pouco mais; há ainda quem faça muito pouco pela região pela qual está à frente e ache um desperdício projectar essa região no próprio país. Grandes vultos do conhecimento, das ciências e do humanismo, da poesia, das artes, mesmo muitos dos "heróis" que há séculos andaram paor esse mundo desconhecido fora a anotar as cartas e portulanos. Essa região é a Beira Baixa, essa região emparedada entre a próspera pátria "hermana" e a gulodice e soberba da faixa litoral que se estende entre Lisboa e Porto. De lá, ao longo de séculos, têm saído alguns dos mais eminentes e reconhecidos Homens, mostrando com pujança que ali não há só calhaus e gente com um sotaque tendente a acentuar os "U's". De Castelo Branco, saiu um eminente vulto do Renascimento português, João Rodrigues de Castelo Branco (Amatus Lusitanus) de seu nome e sobre o qual se pode ler aqui. Se à época houvesse a Academia Nobel, este teria sido um deles, sem dúvida... quem se lembra dele? Quem o conhece? Quem houviu, pelo menos falar dele? Experimentem perguntar a muita gente para ver qual é a resposta...
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