17 de novembro de 2005

Acordares.

Nos filmes era Ana e o Rei. Mais prosaicamente, sou eu e os taxistas.

Todos os dias tenho um encontro imediato com dois profissionais da área. Aparece-me de tudo. Os novos com ar virginal, os velhos cheios de truques, os intermédios, os agressivos, os que cospem, os fumadores, os hiperactivos, os opinativos, os bem informados, os que gostariam de liderar o pais e a política urbana da cidade.

Tenho tido cenas divertidas e trágicas e outras assim assim. Desde o velhinho de mais de 80 anos, que me contava que a mulher o andava a envenenar com raticida, ao senhor que me pediu o telemóvel porque queria que eu adoptasse um gato,ao taxista que fica feliz sempre que me apanha porque é familiar do cozinheiro cá do burgo e assim vem cá tomar café, aos senhores que me deram boleias por me verem encravada e não cobraram nada, aos stressados que mudam de caminho de cinco em cinco minutos para fugir ao inevitável trânsito, enfim não há falta de emoções.

No dia sem carros, andei de táxi à borla. Porquê ainda não sei.

Geralmente sou tratada por menina, salvo pelos novos para quem sou senhora e que me pedem conselhos. Hoje apanhei um simpático senhor que até perguntou se o rádio me incomodava. Estava na Antena Dois, risos. Depois estivemos na converseta e dissemos até à próxima.

Esqueci-me das senhoras taxistas. Relembro duas: uma que esteve a discutir o Eco comigo e outra , tipo opinativo e um pouco fonga, que guiava como um verdadeiro Fangio.
Querem variar? Andem de táxi e abram a vossa mente:)

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