9 de setembro de 2005

Portanto às 9.25 vou para ser entrevistado. Não tenho sono mas doiem-me os joelhos. É assim que uma directa se manifesta em mim. Durante os 15 minutos de entrevista, os dois tipos que me entrevistaram variaram entre olhar para o papel e olharem um para o outro com um sorriso como se eu estivesse incrivelmente enganado no que estava a dizer. Eu nem estava nervoso, mas quando isto começou comecei a achar que já não estava a correr 100% e a minha boca secou. Nem sabia que isto acontecia quando fico nervoso. Sempre a aprender.
Saio, conto aos colegas, vou até ao metro, saio no Marquês de Pombal, compro um livro na juventude músical portuguesa (não sei se cheguei a dizer aqui que estou a ter aulas de piano), desço até aos restauradores, compro bilhetes para coldplay na ABEP e desço até ao rossio. Aproveito para vos contar uma coisa engraçada: para verem o quanto não tenho sentido de orientação, demorei quase uma hora a chegar da praça da figueira aos armazens do chiado. E isto incluiu passar por alfama que eu nem sei onde é. Mas pelo menos reservei lugares não tão maus para Yann Tiersen.
Comboio às 12.40, estou em casa às 14, faço umas coisas e deito-me às 16. Acordo e a primeira coisa que penso é: devem ser umas 9 horas. Mas é uma da manhã e agora duvido que volte a dormir tão cedo.
Doiem-me os pés, não me lembro de ter andado tanto em Lisboa. Muito menos perdido.

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