16 de abril de 2005

A minha querida Moleskine

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Sim. sempre achei graça ao dito cujo Bruce Chatwin. É verdade, emprestei a biografia dele ao Victor:). Depois de a ler, fiquei com uma visão mais realista do homem , mas continuo a gostar do escritor. E também sei que a partir del,e se fez o culto de determinadas rotas de turismos e se padronizaram novas normas de o fazer.
Este ano ofereceram-me uma Moleskine. Foi o Zé, pai da Maria.
Eu tenho a fixação dos cadernos e caderninhos.Tenho um contentor de plástico cheio deles, porque tenho esse hábito desde miúda. Com uma caligrafia péssima e numa fase, que fase essa que horror , em que achava que sabia pintar e então alargava-me em cores.
Namorei durante muito tempo as Moleskine, mas nunca me conseguia decidir qual gostava mais. E desde que me roubaram a minha querida Filofax , cheia de tralha inútil mas para mim preciosa, tenho dificuldade em agendar ou rabiscar a não ser em caderninhos voláteis.
Foi amor à primeira vista, a Moleskine e eu. Ela cabe na minha mão perfeitamente. Também me ofereceram uma Rotring pequenina. Fazem um par perfeito. O caderninho preto intimida quando deve intimidar (em trabalho) , é leve e está sempre em todo o lado.
Conta a publicidade da Moleskine, que quando o Chatwin soube que a sua fabricação tinha cessado, comprou todo o stock disponível. E que oferecia recompensas a quem encontrasse uma moleskine sua desaparecida.
Bem eu não vou pagar a ninguém, se perder esta. Vou esperar sentada que me ofereçam outra. Resiste à chuva, aviso já. E mesmo às gotas cinzentas dos rescaldos de incêndios.Felizmente já se voltaram a fabricar e são um fetiche constante da moda dos escrevinhadores de coisinhas como eu.
Espero que amanhã não arda mais nenhum hospital. O que quer que aconteça estarei lá eu, o meu casaco , o rádio cancerigeno, o tlm , a moleskine e eu. A ver vamos.

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