… e a propósito do tema proposto pelo Carlos. E para amenizar… aqui deixo um poema que encontrei de Juan del Enzina (ahhh Google, quanto vales…), do qual gostei muito:
Ojos garzos ha la niña:
¡quién ge los namoraría!
Son tan bellos y tan bivos
que a todos tienen cativos,
mas muéstralos tan esquivos
que roban el alegría.
Roban el plazer y gloria,
los sentidos y memoria;
de todos llean vitoria
con su gentil galanía.
Con su gentil gentileza
ponen fe con más firmeza
hazen bivir en tristeza
al que alegre ser solía.
No hay ninguno que los vea
que su cativo no sea.
Todo el mundo los dessea
contemplar de noche y día.
… Aproveito, e não posso de lembrar aqui um dos sonetos de Camões de que mais gosto:
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando;
Nũa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar ũa hora.
Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
PP: Há bocado, fui buscar a minha filha ao teatro Lethes (uma pérola!). Enquanto ia de caminho pensava: A Gena vai ao teatro e eu fico em casa a olhar pró computador! Ahh, paulito… onde chegaste tu!
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