Regressámos à base, sãos e salvos!
Não posso deixar de pensar que este jantar teve algo de especial: algo que, quiçá, pode ter mudado o curso do mundo. É que, enquanto o pessoal se alambazava e entornava alegremente, aconteceu a débacle Portista (ahhh, como gosto desta palavra, débacle…). Não creio que possa estar enganado, este foi o dia que marcou o fim do Reino do Dragão. E estas coisas, o jantar e o jogo, não aconteceram ao mesmo tempo por mero acaso… acreditem!
Como finalmente conheci a Lau, e ela é uma dragona do melhor, não posso deixar de sentir alguma pena por ela: pronto, não era preciso 4-0, bastavam 3!
Já depois do jantar, acho que não me consegui explicar bem (... porque terá sido?), a propósito de um assunto que veio à baila. O imaginar foi o passo essencial da evolução humana: as anteriores espécies de hominídeos não o faziam e foi essa capacidade de imaginar, e consequentemente de prever e antecipar, que tornou o Homo Sapiens humano, diferente de qualquer outra espécie. E que nos permitiu chegar aqui…
Um computador só será capaz de efectuar, na perfeição, raciocínios lógicos. Imaginar, nunca será capaz. A imaginação, definitiva e exclusivamente, "è cosa umana", citando João Lobo Antunes.
Ao sair do bar, pisei uma enorme bosta de cão e só dei por isso mais tarde. Disse-me a Nela que o pivete dentro do carro era insuportável… disse-me ela, porque no estado em que eu estava, já não cheirava nada. Como as jovens a quem demos boleia nem piaram, só posso concluir que foi uma de duas: ou foi por delicado pudor ou ainda estavam pior que eu!
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