Podia ser qualquer uma. Claro que me incomodavam as pessoas. Chegava-me com elas e era como se as visse todas num expositor. Nada me impedia de ser qualquer uma daquelas pessoas - a minha madrasta a escolher o melhor naco de borrego. Achava muitas delas tremendamente atraentes na sua forma de ser. Achava muitas delas tremendamente atraentes. Queria ser como quase todas. Logicamente que estas formas de ser das diferentes pessoas que me agravam tanto eram conflituosas entre si. Como escolher então? Não escolhia. Sentava-me com elas, desligada, a decidir a pessoa que seria - na verdade a decidir as pessoas que não seria. Ignorava que essa letargia já estivesse a valer.
Não se pode, percebi mais tarde, gritar, ARREBENTA A BOLHA, e reiniciar o jogo, tendo já determinado o esconderijo - o plano bem claro na cabeça - que ofereça as melhores possibilidades.
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