Procuro-te. Esta minha insaciável quimera provavelmente nunca irá ter fim - não desisto. Em cada esquina, em cada canto, vasculho o olhar de todos aqueles que não pestanejam, estarás no meio do lixo que ainda não foi recolhido. Percorro a estrada e a sua berma com medo que algo me escape por entre estas mãos feridas pela esperança. Percorro este presente sempre em busca dessa identidade ainda sem rosto, desenhando e voltando a desenhar cada pormenor até à exaustão. Não quero provocar a ocasião, mas também não quero atrasar esse momento, quero enganar-me com as palavras, mas acertar com os sentimentos. O orgulho de vencer continua a dar-me forças para procurar-te por todos os lugares, infelizmente esse reflexo ainda não me chegou. Moldo cada vez mais esta mentira, esperando que um dia se torne verdade.
15 de julho de 2004
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